JMJ. Coordenador Sá Fernandes ganhará 4.500 mensais até dezembro de 2024

As entidades envolvidas na construção do altar-palco vão reunir-se na próxima semana para perceber “o que é essencial”, garantiu o bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar.

Ocoordenador do grupo do projeto encarregado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se vai realizar em agosto deste ano, receberá 4.500 euros brutos por mês até dezembro de 2024. A informação é avançada pela CNN Portugal, que diz que esta remuneração está em vigor desde agosto do ano passado.

Contactado pela publicação, José Fernandes terá referido que recebe 2.700 euros líquidos por mês, assim como defendeu que este é um ordenado “normal para as funções”.

O responsável garantiu ainda que haverá muitas obras para fazer depois de o evento terminar, em agosto deste ano, referindo-se aos 16 meses de trabalho pós-evento para a requalificação da zona ribeirinha, em Lisboa.

O ex-vereador do executivo municipal de Fernando Medina, agora ministro das Finanças, já reagiu às polémicas que envolvem o custo do altar-palco, cujo projeto rondava os cinco milhões de euros. Já nas últimas horas, também um segundo altar-palco foi conhecido, projeto este que, apesar de ainda estar adjudicado, poderá rondar os dois milhões de euros.

Quanto ao primeiro altar, Sá Fernandes reagiu na última semana, dizendo que ficou surpreendido com o valor, já que “havia soluções mais baratas”.

Já o bispo auxiliar de Lisboa, D. Américo Aguiar, disse, na sexta-feira, que as entidades envolvidas na construção do altar-palco para receber o Papa Francisco vão discutir o que é “essencial” neste caso já na próxima semana.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, referiu que Sá Fernandes deveria estar “alheado” no que diz respeito aos comentários sobre o valor da obra.

Recorde-se que o Vaticano demarcou-se, na sexta-feira, da polémica que envolve o custo do altar-palco, tendo o seu porta-voz, Matteo Bruni, afirmado, em declarações ao ACI Prensa, que “a organização do evento é local”. Assim, a decisão dos custos caberá à Câmara Municipal de Lisboa.

A JMJ, para muitos o maior acontecimento da Igreja Católica, realiza-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas. As principais cerimónias da jornada – que tem como momento alto uma missa dirigida pelo Papa Francisco – decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

O altar-palco, onde o Papa Francisco dará a missa final deste evento, terá capacidade para cerca de duas mil pessoas, metade das quais deverão ser bispos.