COMUNICADO DA MAAVIM: Reabertura de processo dos Inceendios de Outubro de 2017

A MAAVIM, em defesa dos lesados dos Incêndios de Outubro de 2017, continua a reinvindicar ajudas aos seus lesados e à população afetada..

Também tem insistido através dos seus associados e lesados em apurar os culpados, porque conforme vimos reiterando desde 2017, somos vítimas e não culpados.

Em 2018 o Maavim iniciou participação contra entidades públicas e privadas (Ministérios da Administração Interna e do Ambiente, Câmara Municipal de Tábua, EDP, REN e Águas de Portugal), pela falha do SIRESP, falta de plano de gestão e organização da floresta, falta de acionamento do plano de emergência da autarquia, falta de piquetes de emergência, falta de limpeza das faixas de gestão de combustível, falta de geradores autónomos nas bombas de elevação de água ao qual era apenso a este inquérito também outra participação de falta de limpeza pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

Em Setembro de 2022 todos os processos associados ao apuramento das responsabilidades pela falta de apoio ás populações afetadas pelos incêndios de 15/16 de Outubro de 2017 foram arquivados.

No entanto a Maavim, em virtude de não concordar com o despacho e defendendo o interesse de todos os afetados e lesados pelos incêndios referidos pediu a a abertura da instrução, a qual foi aceite no passado mês de Janeiro.

Não queremos com isto dizer que foi feita justiça, porque não foi, mas pelo menos achamos que a população afetada merece respeito e que seja apurada a verdade acerca de tudo o que falhou, para que não volte a acontecer, como infelizmente temos verificado nos últimos anos.

Aliás, o próprio Presidente da República já este ano avisou para as populações estarem preparadas para os incêndios de 2023, como que se isso fosse normal..

Continuamos que se gastam milhões em estudos e em medidas sem aplicação real no terreno e não se investe na prevenção, planeamento e ocupação do território rural.

As ajudas a quem tudo perdeu, os apoios á agricultura, á floresta e à habitação no meio rural são fundamentais para combater este flagelo.

São os que estão no terreno que têm de ser apoiados e o trabalho é feito durante o Inverno.

Não são os contratos dos Helicópteros que vão diminuir os incêndios, mas sim o apoio aos bombeiros, associações florestais e empresas florestais e agrícolas dos territórios.

Não podemos continuar a aguardar pelas “cabras sapadoras”, ou outras promessas.

Temos sim de apoiar quem está no território, porque um território ocupado e usado é um território seguro.

Continuamos sem ter culpados. Nós não somos culpados, somos vítimas.