A greve de hoje dos trabalhadores do Hospital de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, alcançou uma adesão global de 80%, segundo o sindicato, enquanto a unidade de saúde admitiu “algum constrangimento no normal funcionamento”.
Segundo o Sindicado dos Enfermeiros Portugueses (SEP), cerca de 100 profissionais concentraram-se hoje em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir a contratação de mais trabalhadores, horários de 35 horas semanais e a progressão nas carreiras.
A paralisação foi convocada pelo SEP e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e das Regiões Autónomas (STFPSSRA), abrangendo “os turnos da manhã e da tarde”.
Isabel Barbosa, do SEP, indicou, em declarações à agência Lusa, que a adesão global à greve foi de 80%, incluindo enfermeiros, auxiliares de ação médica, técnicos de diagnóstico e terapêutica e ainda administrativos.
Para os profissionais da área da obstetrícia, das medicinas, do bloco operatório, urgência pediátrica, cirurgia, ortopedia, pediatria e esterilização a adesão atingiu os 100%, segundo o sindicato.
O Hospital de Vila Franca de Xira, em comunicado, reconheceu que a greve causou “algum constrangimento no normal funcionamento” da unidade e que contou com uma “adesão significativa” nomeadamente no bloco operatório e áreas de internamento.
“Todas as outras áreas assistenciais, ainda que afetadas, mantêm a sua atividade, sendo que em todos os serviços estão assegurados os serviços mínimos”, lê-se na mesma informação.
Relativamente à passagem para as 35 horas semanais, o hospital lembrou que é necessária autorização superior, designadamente do Ministério das Finanças, bem como para a contratação de novos profissionais.
“O processo para adesão às 35 horas está concluído há vários meses, estando apenas a aguardar autorização da Secretaria de Estado do Tesouro, tendo-se mantido, sempre, um trabalho profícuo e de grande compreensão mútua entre os diferentes sindicatos envolvidos no processo e o hospital”, acrescenta.
Durante a concentração, os dois sindicatos que convocaram a paralisação entregaram “uma resolução com as exigências dos trabalhadores” ao Ministério da Saúde.