O Município de Leiria recomendou de novo a retirada de 11 moradores de um edifício, como medida de precaução, devido à instabilidade de um talude, que provocou um deslizamento de terras, na terça-feira.
Os moradores tinham sido deslocados na madrugada de terça-feira, depois do deslocamento de uma massa rochosa, que atingiu as traseiras de um edifício na encosta do cemitério de Leiria.
Após uma vistoria preliminar da autarquia, os moradores foram autorizados a regressar, impedidos, contudo, de aceder às traseiras do edifício.
O vereador da Proteção Civil, Luís Lopes, disse hoje à agência Lusa que os técnicos da Câmara de Leiria continuaram a acompanhar a situação do talude e foi ainda pedida uma vistoria a engenheiros do Politécnico de Leiria, que colaboram com o município.
“Todos concordaram que o talude não oferece estabilidade e são necessárias medidas mais severas, por precaução. Ontem [sexta-feira] ao final do dia notificámos o condomínio e desde então que ninguém pode permanecer no edifício”, explicou Luís Lopes.
Segundo o vereador, o acesso ao edifício está condicionado. “As pessoas podem ir apenas buscar bens pessoais ou alimentação. Preferimos optar pela segurança, pois está em causa a queda do talude. Pode não acontecer, mas é melhor apostar na precaução”, até porque “existe muita pressão de construção naquele terreno”, sublinhou.
Luís Lopes adiantou que se reuniu hoje, juntamente com o vereador Ricardo Santos, com o condomínio e com o empreiteiro para lhes explicar a situação.
“Vai ser realizado um estudo geotécnico e os proprietários terão de proceder à estabilização do talude”, revelou o vereador, lembrando que o terreno é privado.
A autarquia poderá assumir os trabalhos, mas Luís Lopes insiste: “a nossa obrigação é notificar. O terreno tem dono”.
A queda do bloco rochoso não provocou “quaisquer danos” no edifício, disse na altura Luís Lopes.