Demografia e ordenamento são o tema, na quinta-feira, do primeiro de sete debates sobre o que mudou no Portugal democrático do pós-25 de Abril, organizados pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC).
“O objetivo da iniciativa é promover a discussão sobre as transformações ocorridas em Portugal, no último meio século, em diversos setores: demografia, cidadania, juventude, cultura, comunicação social, saúde mental, envelhecimento, velhas e novas utopias”, informa a organização, num comunicado enviada à agência Lusa.
Citado na nota, o diretor da BGUC, João Gouveia Monteiro, afirma que “é importante dar profundidade às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril”.
“A festa deve aliar-se à reflexão e esta deve centrar-se em aspetos cruciais da vida dos portugueses e do desenvolvimento do país. Talvez não sejam os temas mais fáceis, nem mais populares, mas parecem-nos os mais necessários”, defende.
O historiador e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra adianta que o ciclo de tertúlias mensais, que se prolonga até julho, é o contributo da BGUC para as celebrações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que se completam em 2024.
“Em cada tertúlia, vamos poder contar com dois convidados de altíssimo nível, que o país conhece e reconhece. Coimbra e Portugal merecem”, sublinha João Gouveia Monteiro.
Intitulada “Portugal 50 Anos (1973-2023): O que mudou? O que falta fazer?”, a série decorrerá na Sala de São Pedro, no segundo piso da BGUC, e será transmitida em direto pela Biblioteca Geral e pela Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril.
A iniciativa “Portugal 50 Anos (1973-2023): O que mudou? O que falta fazer?”, integrada no programa oficial de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, começa na quinta-feira, às 18:00, com uma conversa sobre as tendências ao nível da demografia e do ordenamento do território, com a participação de Eduardo Anselmo de Castro e Diogo de Abreu.
Segue-se, no dia 09 de fevereiro, uma tertúlia sobre “Cidadania e direitos individuais”, com Boaventura de Sousa Santos e Cristina Roldão.
No dia 9 de março, o debate, com a participação de Helena Roseta e Paulo Marques, será centrado nas questões da habitação e da precariedade laboral juvenil.
No dia 13 de abril, Abílio Hernandez Cardoso e Maria Vlachou intervirão sobre “Literacia, cultura e artes”, enquanto, a 04 de maio, a conversa será dedicada ao tema ‘Jornalismo, ‘fake news’ e redes sociais’, com Joaquim Furtado e Clara Almeida Santos.
Para 1 de junho, está marcado o debate ‘Saúde mental e envelhecimento’, com António Leuschner e Margarida Pedroso de Lima.
A finalizar o ciclo, a 6 de julho, os oradores serão André Barata e Manuela Cruzeiro, numa sessão intitulada ‘Utopias. A liberdade. O tempo’, em que falarão “sobre o imaterial e sobre a dimensão mais existencial e emocional das pessoas, num questionamento sobre quais as utopias, as expectativas, as preocupações e as lutas das gerações”, de 1973 a 2023.
Com entrada livre sujeita a confirmação antecipada, devido à lotação limitada do espaço, as sete sessões, sempre à quinta-feira, às 18h00, já estão todas esgotadas, mas vão ser difundidas em direto.