Moedas destaca socorro em incêndio e garante: “Ninguém ficará sem teto”

O presidente da Câmara de Lisboa realçou hoje a celeridade do socorro no incêndio da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro e apelou às pessoas para que “não entrem dentro dos elevadores” numa situação de fogo.

“A proveito para fazer um grande apelo às pessoas para que, numa situação de fogo, não entrem dentro dos elevadores”, afirmou Carlos Moedas (PSD), em declarações à CMTV, junto ao prédio de 10 andares onde deflagrou hoje de madrugada um incêndio, na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, que provocou 18 feridos, três dos quais em estado crítico.

O alerta para o incêndio foi dado às 02h15 e às 04h20 foi dado como extinto, disse à agência Lusa fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

“Tivemos aqui uma situação que poderia ter sido ainda mais grave, ela é muito grave, mas as pessoas estão a reagir […]. Quatro pessoas entraram no elevador durante esta situação e, ao entrar, o elevador ficou parado. Portanto, nunca entrar no elevador numa situação como estas”, declarou o autarca.

O presidente da Câmara de Lisboa reforçou que “esta situação poderia ainda ter sido muito, muito, mais grave, se o Regimento Sapadores Bombeiros, a Proteção Civil, a Polícia Municipal e o INEM não tivessem chegado tão depressa”, agradecendo o trabalho “extraordinário” das organizações de socorro.

No local estiveram 87 operacionais, entre elementos dos Sapadores Bombeiros, Polícia Municipal, Bombeiros Voluntários de Lisboa, Proteção Civil, PSP e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com o apoio de 40 veículos.

“Tiveram uma noite muito difícil, foi uma situação muito difícil”, reforçou Carlos Moedas, referindo que foi avisado do incêndio durante a madrugada pelo comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, Tiago Lopes.

O autarca indicou que, das 18 pessoas retiradas do interior do prédio, neste momento, há registo de “três pessoas que ainda estão em estado grave”, sem saber se correm perigo de vida.

Estes feridos, indicou, estão divididos entre o Hospital de Santa Maria e o Hospital das Forças Armadas, que tem câmaras hiperbáricas.

“A Câmara Municipal, obviamente, vai ajudar em tudo aquilo que for necessário”, assegurou.

Relativamente à necessidade de realojamento, Carlos Moedas garantiu que “nenhuma pessoa ficará sem teto”, adiantando que “há sempre garantia de alojamento para os moradores, uma vez que tanto a Câmara Municipal como a Santa Casa estão abertos e disponíveis a encontrar essas soluções”.

Esta manhã, a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins, disse à Lusa que os desalojados estão a ser acompanhados e têm alternativa familiar em casa de familiares.

Em relação aos cinco pisos de escritórios e comércio, o autarca disse que “vão ter que ter um dia em que não vão poder trabalhar”, inclusive um restaurante próximo, porque “não há eletricidade”.

Frisando que “a prioridade foi salvar as pessoas”, o presidente da câmara adiantou que, neste momento, estão a ser investigadas as causas do incêndio, que se iniciou no rés-do-chão, contando com a Polícia Judiciária no local, assim como as seguradoras dos proprietários dos imóveis afetados.

Tiago Lopes informou que o alerta para o incêndio foi às 02h15 e, “passado cinco minutos, a primeira viatura chegou” ao local.

O fogo, descreveu, teve início na zona do rés-do-chão e propagou-se aos outros andares através das condutas técnicas, pelo que a grande preocupação foi retirar as pessoas do interior das habitações, através de autoescadas.

Pelas 11h00, os trabalhos no local ainda decorriam, inclusive estavam a ser feitos “alguns reconhecimentos na conduta, porque havia alguns pontos quentes”, apontou Tiago Lopes, perspetivando que a ocorrência ficasse fechada ainda de manhã.

Segundo fonte do Hospital de Santa Maria, três dos oito feridos que deram entrada na unidade estão com prognóstico reservado, em “estado crítico”.

Do Hospital de São José tiveram já alta os cinco feridos ligeiros que ali deram entrada.