OPINIÃO DE FERNANDO TAVARES PEREIRA: 2023 – Que a nossa voz seja, finalmente, ouvida…

Nos tempos que correm, e na situação em que o país está, esta altura parece-me um bom momento para meditar sobre os erros do passado, acentuados pela pandemia e pela guerra. Desejo que sejam criadas as condições para a economia do interior se desenvolver, cativando e fixando habitantes. Que não se repita, nos territórios de baixa densidade, o que se passou nos últimos tempos em que assistimos à decadência da justiça, saúde, educação e a fuga da população para o litoral. Espero que tudo isto seja invertido.  Que a nossa voz seja, finalmente, ouvida e as acessibilidades se tornem uma realidade. Que os nossos autarcas e deputados assumam em definitivo as responsabilidades para com o território e um povo que não merece continuar a ser enganado.

Que seja um ano em que se gerem políticas para criar uma economia local com capacidade de cativar e fixar habitantes. Que exista um real e responsável apoio às famílias. Uma ajuda que entregue às pessoas argumentos para evoluírem e auxiliarem a sociedade. Que o novo ano marque um fim daqueles pagamentos, em forma de subsídios, para não se trabalhar.

Espero que no final deste novo ano não nos estejamos novamente a lamentar do contínuo flagelo da desertificação dos territórios de baixa densidade. Desejo coragem da parte dos “nossos” políticos. Que demonstrem que o interior é um território com capacidade para exigir e não apenas um espaço destinado a atrair fundos para desenvolver outras paragens.

Que seja um novo ano em que as pessoas substituam a inveja pelo trabalho. Para ajudar a região a ser mais forte. Mais duradoura e com mais futuro. Também gostaria de quem fala pelas costas, que insiste na intriga, tenha a coragem de promover um debate franco e aberto. Em nome do esclarecimento da população. Sem alcoviteirices. Eu estou disponível.

Enfim, desejo um bom ano para todos, independentemente da cor política ou religião.

IN: O Coirreio da Beira Serra