Chuva e empate condicionam festa no regresso do Estrela ao seu José Gomes

A chuva e o empate 2-2 para a II Liga de futebol condicionaram hoje a festa dos adeptos do Estrela da Amadora no regresso da equipa ao Estádio José Gomes em jogos oficiais quase oito meses depois.

O último jogo oficial na Reboleira remontava a 15 de maio, na receção ao Sporting da Covilhã, derrota por 1-0, no encerramento da II Liga na temporada passada. Depois disso, apenas o encontro de apresentação diante do Petro de Luanda, campeão angolano em título (vitória, por 3-0), em 31 de julho.

Entretanto, a equipa foi ‘saltitando’ pelo Benfica Campus, no Seixal, por Rio Maior, pelo Estádio Magalhães Pessoa, em Leiria, e pelo Estádio do Jamor, até que no passado dia 29 de dezembro a Liga deu ‘luz verde’ para a utilização do Estádio José Gomes por parte do Estrela da Amadora.

Hora e meia antes do embate entre o Estrela da Amadora e o Trofense começar o frenesim caraterístico em torno de um estádio ia reacendendo a chama que aquece um jogo de futebol.

O público ia ‘abraçando’ o Estádio, os vizinhos viam-se pela janela. Os sorrisos eram rasgados.

A dividir paredes com o Estádio José Gomes, Renato Gonçalves mostrava-se satisfeito por este regresso e não se mostrava preocupado com o aumento do fluxo de pessoas e trânsito em dia de jogo.

No interior, conforme o alinhamento das equipas ia sendo anunciado pelo animador, os adeptos iam aplaudindo, como se fossem as batidas de um coração. A dar vida. O ambiente era mágico, um pouco à semelhança da claque do emblema amadorense.

As cores iam tomando conta do recinto desportivo vestido com o característico vermelho, branco e verde. Mas a chuva veio complicar tudo.

Sem cobertura, poucos minutos depois do apito inicial do árbitro eborense Luís Godinho, os adeptos, os que conseguiram, foram subindo pela bancada encostando-se à tribuna presidencial. Os outros, munidos de capas, continuavam a apoiar a equipa da casa.

Da Trofa tinham vindo cerca de duas dezenas de adeptos, que se fizeram ouvir aquando do golo de Pachu, 38 minutos.

Mas a festa, essa, ia-se fazendo do lado da Magia Tricolor. Posicionada na bancada oposta à central. Para esta incansável claque não havia chuva. A crença era a palavra de ordem. Os cânticos e o apoio não pararam. Nem com o avançar do cronómetro, nem mesmo depois de se encontrarem a perder por 2-0, com o golo de Maiga, aos 61 minutos.

E talvez por isso, no relvado, a equipa não esmoreceu. Deu as mãos, superou-se e continuou a remar. E esta é talvez a palavra certa, dada a quantidade de água que caia do céu.

Primeiro Ronaldo Tavares, de grande penalidade, aos 66 minutos, e depois Paulinho, aos 74 minutos, devolveram a crença dada pela Magia Tricolor e ‘selaram’ a igualdade no encontro.

O apito final, após 11 minutos de tempo de compensação, transformou-se, pelos quase dois mil adeptos presentes, em novo apoio à equipa que continua a olhar para a zona de promoção à I Liga.

Após 15 jornadas, o Estrela da Amadora ocupa a quarta posição, com 24 pontos, menos dois do que o Académico de Viseu, terceiro e em zona de ‘play-off’, num campeonato liderado pelo Moreirense, com 36. O Farense ocupa o segundo posto, com 31.