O presidente da Câmara de Coimbra afirmou hoje que a futura estação intermodal, cuja construção está prevista no projeto de linha de alta velocidade, “vai revolucionar” o concelho.
Durante a manhã de hoje, foi apresentado o projeto do arquiteto catalão Joan Busquets, que estabelece as bases do plano de pormenor da construção da nova estação de Coimbra-B, que será uma infraestrutura intermodal, num projeto que repensa também toda a zona e propõe novas soluções de mobilidade para a cidade.
“Em conjunto com o grande investimento que está a ser feito com o Sistema de Mobilidade do Mondego, nós passaremos a ter uma nova mobilidade na cidade de Coimbra e no acesso a todo o país que vai revolucionar completamente a nossa cidade”, afirmou o presidente do município, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt).
O estudo urbanístico hoje apresentado por Joan Busquets, que propõe uma estação num edifício em ponte, é uma revisitação e atualização do plano já desenvolvido por aquele arquiteto catalão em 2010 para Coimbra-B (no âmbito do projeto de alta velocidade que, na altura, não avançou), que José Manuel Silva defendia que deveria ser recuperado.
José Manuel Silva agradeceu ao Governo e à Infraestruturas de Portugal pela abertura que tiveram para “melhorar muito” aquilo que era o projeto inicialmente previsto e considerou que a atual proposta vai dar “uma nova dinâmica à cidade”.
“A cidade vai mudar”, frisou, notando que a importância do projeto levou a que o Salão Nobre da Câmara de Coimbra estivesse completamente cheio hoje de manhã, com algumas pessoas a não terem lugar para se sentarem enquanto assistiam à sessão de apresentação.
A nova estação, vincou, permite “escrever um novo futuro para a cidade de Coimbra, para o concelho e para a região”.
Para a vereadora com o pelouro da mobilidade da Câmara de Coimbra, Ana Bastos, a intervenção agora prevista “impunha-se” e vai “muito além de um mero interface de transportes”.
Para esta responsável, o atual plano do ateliê de Joan Busquets é “completamente diferente” do de 2010, influenciado por novas políticas de urbanismo e mobilidade, assim como “mais adaptado” ao território e menos intrusivo, com uma “predominância do verde”.
Ana Bastos explicou que o plano de pormenor que será agora desenvolvido pela Câmara de Coimbra (que terá de ficar concluído este ano) vai “potenciar a transformação de todo aquele espaço”.
Para além da construção de uma nova estação, o plano pretende promover “um novo desenvolvimento” daquela zona, que vai sofrer “uma ampla intervenção urbanística”, mais atrativo “ao investimento público, mas também privado”.
“Irá nascer aqui uma nova Coimbra na zona poente do concelho”, notou.
Ana Bastos destacou ainda o facto de o plano questionar a atual localização do IC2, quando passa pela cidade, propondo um desvio que acabe com o viaduto da Casa do Sal e que permita resolver o problema do nó do Almegue, onde é normal haver congestionamento do trânsito.
Aproveitando a presença do vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, a vereadora apelou à resolução desse problema, apontando como uma hipótese a readaptação da ponte ferroviária para a circulação de carros.