O presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita, apela à intervenção do Governo para tentar impedir a aprovação dos aumentos propostos pela ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A. dos tarifários para os anos de 2023 e 2024, que terão um “impacto brutal” para os munícipes.
O edil condeixense defende que é “urgente uma fiscalização rigorosa ao contrato de concessão da exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Tratamento e Recolha Seletiva de Resíduos Urbanos do Litoral Centro, atribuída à ERSUC”, admitindo avançar com uma “providência cautelar para tentar impedir a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) de aceitar uma proposta profundamente desajustada de aumentos tarifários apresentada pela ERSUC” para este e para o próximo ano.
“Atualmente, a tarifa da ERSUC é de 44,54€ por tonelada. Os valores propostos no projeto de decisão são de 67,55€/ton e 75,37€/ton, para os anos de 2023 e 2024, respetivamente. Com os estes valores e se os mesmos forem aprovados, originarão aumentos de 52% e 69%, respetivamente, substancialmente superiores à inflação, o que penalizará substancialmente os munícipes”, assinala Nuno Moita.
Estes aumentos serão ainda mais significativos se compararmos com a tarifa praticada no ano de 2020, traduzindo-se, neste caso, em aumentos de 131% (em 3 anos) e de 163% (em 4 anos).