Do município da Mealhada seguiram livros, manuais e material escolar para Nampula, uma das regiões mais pobres de Moçambique, numa ação de solidariedade que envolveu a Câmara Municipal, o Agrupamento de Escolas da Mealhada, a Associação Gongô e o Exército Português.
Os materiais recolhidos no concelho da Mealhada foram entregues, no passado dia 24 de fevereiro, na Academia Militar – Amadora, onde serão preparados para posteriormente serem enviados para Nampula. A campanha, que acabou por juntar mais 40 instituições, nasceu da iniciativa do tenente-coronel Luís Lopes, militar do Exército Português.
Em missão, desde setembro de 2022, em Moçambique, Luís Lopes solicitou a colaboração do Município da Mealhada para esta ação de recolha de bens necessários em Nampula, uma região do norte de Moçambique muito pobre, onde existem centenas de crianças que não têm praticamente nada, com escolas marcadas pela enorme falta de recursos, desde os professores, aos manuais e material escolar.
“Tenho a noção que este tipo de ações de solidariedade são uma gota de água no meio do oceano, mas, por muito pequeno que seja o vosso contributo, ele contribuirá, por certo, para um grande mar de felicidade que percorrerá a vida de muitas dessas crianças”, sublinha o tenente-coronel Luís Lopes que, já em 2013, aquando de uma missão de Cooperação Militar com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, desenvolveu duas ações de solidariedade que permitiram colocar cerca de 45.000 livros e alguma roupa e calçado em escolas da região de Maputo.
A adesão do Município da Mealhada a esta iniciativa de solidariedade contou com a colaboração do Agrupamento de Escolas da Mealhada e com a Associação Humanitária Gongô, constituída em julho de 2022, na Mealhada, com o objetivo de desenvolver iniciativas de apoio a populações carenciadas, com especial incidência no continente africano. Atualmente, a Gongô (Amar num dialeto São Tomense) tem em desenvolvimento o projeto de reabilitação de uma escola em São Tomé. “Numa primeira visita entregámos diversos materiais escolares e estamos a preparar a nossa intervenção”, refere Paula Gradim, fundadora da Associação. “No entretanto, vamos apoiando outras organizações e iniciativas, como esta”, explica.