Em dia de protesto por várias cidades do país, a capital registou a maior multidão numa manifestação em que se pediu preços mais acessíveis, medidas mais fortes e onde foram vandalizadas fachadas de agências imobiliárias.
As manifestações pelo direito à habitação marcaram a tarde em várias cidades por todo o país, com protestos no Porto, Lisboa, Coimbra, Braga e Aveiro, entre outras, mas a maior demonstração de contestação popular foi mesmo na capital, onde milhares partiram da Alameda D. Afonso Henriques e começaram a marcha por uma das principais artérias da cidade.
Os manifestantes pedem preços mais acessíveis para a habitação e muitos denunciaram situações de arrendamento extremamente difíceis, sendo forçados a pagar rendas tão elevadas quanto os seus rendimentos mensais.
Muitas associações marcaram presença, assim como alguns líderes políticos, deixando muitas críticas ao pacote ‘Mais Habitação’, proposto recentemente pelo Governo, e que tem sido apontado como insuficiente pela oposição.
Através das televisões, foi possível ver demonstrações mais vincadas de insatisfação contra o setor imobiliário, e algumas pessoas aproveitaram a caminhada pela Avenida Almirante Reis para atirar tinta e grafitar fachadas de agências imobiliárias e bancárias.
Segundo a RTP, a manifestação foi desviada pelas autoridades antes da chegada à sede Banco de Portugal, pela Rua de Arroios.
Um cartaz do Chega, na Praça do Chile, foi também vandalizado durante a passagem da marcha pela habitação.
A manifestação em Lisboa descerá até à praça do Martim Moniz. No Porto, há várias pessoas numa manifestação junto ao Teatro Rivoli e, em Braga, há um ajuntamento na Avenida Central.