A Câmara Municipal da Guarda decidiu hoje, por unanimidade, condecorar os antigos presidentes daquele órgão autárquico e também da Assembleia Municipal com a Medalha de Honra do Município Grau Ouro, nas comemorações do dia 25 de Abril.
Segundo o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), o município decidiu distinguir todos os antigos autarcas que foram eleitos após 1976, que fizeram o melhor trabalho “que sabiam e que podiam”.
“Quando estamos a caminhar para os 50 anos do 25 de Abril é este sinal que nós queremos dar de maturidade política e agradecer àqueles que dedicaram quase 50 anos, 48 anos, à causa pública, ao poder local democrático”, justificou.
O executivo deliberou agraciar com a Medalha de Honra do Município Grau Ouro os antigos presidentes da Câmara Vítor Cabeço (1976-1977), Abílio Curto (1977-1995), Maria do Carmo Borges (1995-2005), Álvaro Guerreiro (2005), Joaquim Valente (2005-2013), Álvaro Amaro (2013-2017) e Carlos Chaves Monteiro (2019-2021).
Os antigos presidentes da Assembleia Municipal da Guarda foram António de Almeida Santos (1977-1985, já falecido), Rogério Nabais (1986-1993), Artur Santos Pina (1993, já falecido) José Igreja (1994-2005), João de Almeida Santos (2005-2013), Carvalho Rodrigues (2013-2017) e Cidália Valbom (2017-2021).
O atual vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro, que foi o último presidente da autarquia, que se ausentou da sala no momento da votação da proposta, informou que não aceita a distinção autárquica “por ainda fazer parte do executivo em funções” e por existir “falta de distanciamento temporal” para a sua ação poder ser avaliada.
Na mesma sessão, o executivo aprovou por maioria, com as abstenções dos três eleitos do PSD e do vereador do PS, a prestação de contas de 2022.
O presidente Sérgio Costa referiu, entre outros indicadores, que no ano passado o município que lidera fez “uma recuperação colossal do resultado líquido do exercício” e “melhorou em 20% a sua capacidade de endividamento”.
Os vereadores do PSD, segundo Carlos Chaves Monteiro, abstiveram-se porque encaram “com alguma preocupação o aumento da despesa corrente” em relação ao investimento, embora reconheçam que o relatório revela “a capacidade de trabalho” do anterior executivo.
O vereador socialista Luís Couto explicou aos jornalistas que a sua abstenção foi justificada, entre outras razões, porque as opções de gestão do executivo merecem algumas críticas, tendo também lamentado que projetos constantes das Grandes Opções do Plano “não tenham tido, no exercício em análise, qualquer investimento”.
Na reunião de hoje do executivo municipal da cidade mais alta do país, entre outros assuntos, foi decidido pedir um parecer externo sobre o regulamento do Conselho Consultivo da Saúde, aprovada a proposta de constituição do Conselho Municipal de Segurança e atribuir 137 mil euros para a instalação de um órgão de tubos na Sé Catedral.
No encontro com os jornalistas, o autarca Sérgio Costa também se pronunciou sobre o incêndio rural que no domingo atingiu a zona de Mizarela e, por precaução, levou ao cancelamento das visitas aos Passadiços do Mondego
Como as queimas e as queimadas estavam proibidas devido às altas temperaturas, o autarca disse que pediu às autoridades que tenham “mão pesada para os prevaricadores” e também solicitou que haja uma “vigilância mais ativa” na região.