As receitas da Mata Nacional do Bussaco superam, em 20%, os números registados em período homólogo de 2022, um ano que já tinha sido considerado “o melhor de sempre”, revelou hoje o presidente da Fundação.
“O melhor ano de sempre foi 2022 e estamos a superar, nesta altura do ano, em mais de 20%, as nossas receitas [comparativamente com 2022], que se refletem através da venda de serviços e do número de entradas”, apontou Guilherme Duarte.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Fundação Mata do Bussaco explicou que, desde o início do ano e até ao dia de hoje, foram contabilizadas quase 99 mil entradas, enquanto no ano passado foram registadas 82 mil entradas entre o dia 01 de janeiro e 31 de maio.
“Nestes números não estão contabilizadas as entradas de pessoas que ficam no Palace Hotel do Bussaco e as entradas na Mata depois das 19:00 ou os números seriam ainda maiores”, acrescentou.
Os números registados nos primeiros cinco meses de 2023 são animadores, deixando-o otimista para a segunda metade do ano, que contempla a chamada “época alta” para a visitação à Mata do Bussaco, no entanto, “a qualquer momento tudo pode mudar”.
“Os números, até ao momento, deixam-nos otimista, mas estamos sempre cautelosos. Basta haver um mês de julho, agosto ou setembro, que são os nossos melhores meses, que seja péssimo e poderá infletir tudo aquilo que perspetivamos”, sustentou.
Para Guilherme Duarte, este aumento das receitas reflete “a forte aposta na comunicação, imagem, venda de serviços e testemunho do que se pode oferecer”.
“É importante divulgar e que quem venha goste e recomende. Também temos tido muitas atividades, mais oferta para as pessoas”, realçou.
No seu entender, os viveiros, que estão a ser alvo de uma intervenção que deverá estar concluída dentro de um mês, também irão atrair mais pessoas à Mata Nacional do Bussaco.
“A par disso, temos o Centro Interpretativo, inaugurado há poucos dias, que nos vai trazer mais pessoas”, concluiu.
A Mata do Bussaco, localizada na freguesia do Luso, concelho da Mealhada (distrito de Aveiro), foi classificada como monumento nacional em dezembro de 2017 e é candidata a Património Mundial da UNESCO.
Em janeiro deste ano, a candidatura da Mata Nacional do Bussaco a Património Mundial da UNESCO foi atualizada, passando a “apostar mais na passagem dos carmelitas enquanto elemento diferenciador”.
Segundo a página oficial da Fundação, a Mata Nacional do Bussaco ocupa atualmente cerca 105 hectares e possui uma das melhores coleções dendrológicas da Europa, com cerca de 250 espécies de árvores e arbustos com exemplares notáveis. “É uma das matas nacionais mais ricas em património natural, arquitetónico e cultural, podendo ser dividida em quatro unidades de paisagem: Arboreto, Jardins e Vale dos Fetos, Floresta Relíquia e Pinhal do Marquês”, descreve.