O reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, afirmou hoje que “não falta” património para requalificar e garantiu que serão precisos mandatos de mais dois reitores para restaurar todo o património da instituição.
“Não nos falta património para requalificar. Isso implica investimento e tempo e precisaremos de pelo menos mais dois reitores para requalificar todo o património” da Universidade de Coimbra, disse Amílcar Falcão, que falava num evento inscrito no programa das comemorações do 10.º aniversário da qualificação da UC, Alta e Sofia como património mundial.
Durante o discurso, o responsável realçou que o património daquela instituição é algo que deve “preocupar, honrar e inspirar”, sendo necessário olhar para o mesmo como algo que precisa de ser projetado para o futuro.
Amílcar Falcão vincou a necessidade de aliar a preservação e proteção do património com a sua componente enquanto oferta turística, realçando que há “muito trabalho pela frente”.
O reitor da Universidade de Coimbra discursava no evento “A Academia e a Cidade: O Paço das Escolas”, que decorreu na Sala dos Capelos.
Também o ex-reitor da UC João Gabriel Silva, presente na iniciativa, notou que “ainda há muita coisa por fazer”, congratulando-se com o facto de a classificação como património mundial estar “tão viva”.
Já o antigo reitor Fernando Seabra Santos, que deu o mote à candidatura à classificação como património mundial, abordou a preparação e o trabalho em torno desse projeto, recordando que quando anunciou essa intenção a ideia “foi recebida com indiferença”.
Para Seabra Santos, basta olhar para as ruas, para os prédios requalificados, o número de alojamentos turísticos que surgiram e para as “arruadas de turistas nacionais e estrangeiros” na Alta de Coimbra para se “avaliar o efeito da inscrição” da UC como património mundial.
“Trata-se da decisão de que mais me orgulho enquanto reitor”, vincou.
Na cerimónia, também participaram o ex-embaixador de Portugal na UNESCO e antigo reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa, e o antigo pró-reitor da UC e ex-diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel.