O município de Castelo Branco anunciou hoje que a meta para a recolha de biorresíduos até 2030 é de cerca de 4.700 toneladas/ano, isto é, 50% do total da produção concelhia que está nas 9.400 toneladas/ano.
O município de Castelo Branco apresentou hoje um projeto de recolha de biorresíduos para implementar no concelho que resulta de uma candidatura dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) ao Fundo Ambiental, num financiamento total de cerca de 148 mil euros.
Segundo o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, a estratégia do município para a recolha seletiva dos biorresíduos assenta em duas vertentes: a separação e reciclagem na origem, através de compostagem doméstica ou comunitária, e a recolha seletiva e posterior transporte para instalações de reciclagem, evitando a sua mistura no tratamento de outros resíduos.
“Em média, cada habitante de Castelo Branco produz 462 quilogramas de resíduos urbanos por ano, dos quais 171 quilogramas serão resíduos alimentares. Se juntarmos mais dois por cento de resíduos verdes dos jardins e parques, chegamos ao potencial de produção de biorresíduos no concelho de 9.400 toneladas/ano”, salientou.
A autarquia adquiriu um total de 150 contentores castanhos para serem distribuídos pelos grandes produtores (restaurantes, cantinas, escolas, entre outros) ainda durante o mês de junho.
O projeto inclui igualmente a distribuição de 19 ilhas de compostagem que vão ser instaladas nas sedes de freguesia do concelho de Castelo Branco, um trabalho a ser realizado com os respetivos autarcas locais.
O projeto recolhaBio tem como meta separar cerca de 1.119 toneladas de biorresíduos/ano, valor correspondente a 12% face ao potencial de produção total do concelho de Castelo Branco.
Os serviços estão também a delinear e a preparar projetos piloto de recolha seletiva de biorresíduos alimentares ao nível da produção residencial em zonas de moradias e de prédios que serão oportunamente divulgados.
Em 2022, foram produzidos no concelho de Castelo Branco 24.268 toneladas de resíduos, das quais 20.663 toneladas correspondem a resíduos indiferenciados (85% do total) e 3.605 toneladas foram provenientes de recolha seletiva, o que corresponde a uma taxa de reciclagem de 15%.
Leopoldo Rodrigues deixou um apelo à população para aderir a este projeto direcionados para a recolha seletiva de biorresíduos.
Realçou ainda a importância na separação dos restantes resíduos recicláveis, cuja taxa de reciclagem foi, em 2022, de 15% no concelho de Castelo Branco, “um valor longe do desejado” e estipulado como meta nacional e comunitária.