O Fundão formalizou a candidatura para integrar a Rede das Cidades de Aprendizagem da UNESCO 2023, informou o presidente da Câmara, Paulo Fernandes, que garantiu que o município se “posiciona fortemente” nesta área.
A candidatura foi entregue no final de maio e prevê-se que os resultados sejam conhecidos até ao final de junho.
“Estamos muito otimistas. Acho que temos uma excelente candidatura, muito alicerçada nas causas e valores da própria UNESCO”, acentuou Paulo Fernandes.
O autarca deste concelho do distrito de Castelo Branco aludiu ao 9.º Encontro Nacional de Associações e Clubes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), que decorreu há duas semanas no Fundão e mencionou o retorno positivo recebido.
“Todos, de uma forma geral, foram referenciando o tão diferenciador é o nosso programa de aprendizagem, sobretudo entre a vertente tradicional e a vertente mais contemporânea”, destacou o presidente da Câmara do Fundão.
O autarca vincou o programa de aprendizagem multifacetado do município, para todas as faixas etárias e centrado na preservação das práticas ancestrais, mas aliando-lhe a tecnologia e o digital.
Além das Casas e Lugares do Sentir do concelho, “museus da comunidade, onde o Fundão é particularmente forte”, Fernandes mencionou os programas socioculturais para a aprendizagem ao longo da vida e a aposta na “dimensão intercultural”, para acolher as muitas pessoas “em idade ativa” de outros países que estão a chegar ao município.
A possibilidade de atribuição da distinção é considerada uma mais-valia por Paulo Fernandes: “É um selo de enorme qualidade, de certificação de boas práticas, de uma fasquia alta, que nos ajuda a criar e a melhorar as nossas redes locais, mas também a melhorar e a entrar em redes nacionais e internacionais”.
Em declarações à agência Lusa, o autarca sublinhou existir um “projeto que vem da base para cima e que tem esta abordagem territorial e de comunidade tão forte”.
Paulo Fernandes considerou ter no município um programa de aprendizagem “muito fora da caixa em muitos aspetos” e prevê que entrar numa rede com as melhores práticas da aprendizagem reconhecidas pela UNESCO pode ajudar a atrair mais gente para o concelho.
“Vai fazer com que mais gente queira vir visitar-nos, mais famílias queiram perceber aquilo que é o nosso modelo de acolhimento e como é que o fazemos ao longo da vida e, provavelmente, também os nossos programas de inclusão, de diversidade, de envelhecimento e também da nossa educação formal e informal vão ficar bastante melhorados”, acrescentou o autarca.
A Rede em Portugal das Cidades de Aprendizagem da UNESCO integra atualmente Câmara de Lobos, Mação, Cascais, Anadia, Lagoa (Açores), Praia da Vitória, Gondomar, Pampilhosa da Serra, Alcobaça, Setúbal, Cantanhede, Batalha, Loures, Ourém e Braga.