O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, afirmou hoje que o Governo está a fazer “um esforço titânico” para tornar Portugal num “protagonista fundamental” na transformação energética.
“Da parte do Governo estamos a fazer um esforço titânico para articular novas ferramentas e novos projetos para posicionar o país nesta transformação energética”, afirmou António Costa Silva.
O ministro, que encerrava a sessão de apresentação das conclusões do projeto PAC – Portugal Auto Cluster for the future, defendeu que Portugal “tem condições para ser um protagonista fundamental” nesta transição, elencando os vários “trunfos” que o país detém, como as minas de lítio e a capacidade de gerar energia renovável.
A par da transformação energética, António Costa Silva afirmou que a indústria automóvel e de componentes de automóvel pode também ser um “protagonista fundamental” na transição deste setor, se tiver capacidade de fixar “grandes projetos”, como o fabrico de veículos elétricos em território nacional.
“Vamos ter um pacote dedicado a esses grandes projetos, mobilizando aquilo que resta dos empréstimos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da União Europeia”, afirmou.
Considerando que este é “o grande desígnio” do país, o ministro afirmou que os novos pacotes serão anunciados “em breve”.
“Queremos que as agendas estejam o mais depressa possível no terreno para continuar todo este trabalho e há três grandes agendas que podem propiciar o trabalho de Portugal. Depois vamos ter um pacote para os projetos estratégicos na área da mobilidade, fabricação de baterias e produção de cabos elétricos. Se isso acontecer, eventualmente a nossa indústria de componentes estará mais bem posicionada do que nunca para continuar o seu desenvolvimento e ser cada vez mais competitiva e um pilar seguro da economia do nosso país”, referiu.
As conclusões do projeto PAC, que reuniu 21 entidades – nove industriais e 12 do sistema científico e tecnológico nacional – foram apresentadas esta manhã na Simoldes, em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro.
Organizado em cinco eixos, o projeto teve um investimento elegível de oito milhões de euros e, durante três anos, dedicou-se ao desenvolvimento de novos conceitos e arquiteturas de veículos, dos seus interiores, estruturas, exteriores, sensorização, conectividade e novos processos de fabrico tendo por base novas tecnologias de produção.
Durante a sessão, o chefe do consórcio PAC, Pedro Ramalho, destacou a importância do projeto para “assegurar a competitividade” da indústria automóvel e da indústria de componentes automóveis em Portugal.