As intervenções em curso na Sé Velha de Coimbra e na Sé de Viseu, da responsabilidade da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), ficarão concluídas até ao final do ano, disse à agência Lusa a diretora daquela entidade.
De acordo com Suzana Menezes, a obra na Sé Velha de Coimbra “está a terminar” e estará concluída “com toda a certeza, antes do mês de agosto”.
Questionada sobre a eventual retirada do estacionamento automóvel do largo da Sé Velha, a diretora regional escusou-se a comentá-la, frisando que a gestão do território compete à Câmara Municipal de Coimbra.
“Em toda e qualquer circunstância respeito profundamente as decisões que os nossos autarcas tomam (…). A mim importa-me conciliar os interesses na conservação do património”, declarou.
Já quanto à intervenção em curso na Sé de Viseu, Suzana Menezes garantiu que “toda a gente” – equipa de projetistas, engenheiros, empreiteiros e equipa da DRCC – está “completamente focalizada” na “grande e muito necessária intervenção de requalificação” do monumento religioso e que a obra “ficará concluída até final deste ano”.
Do rol de investimentos da DRCC, está finalizada, ainda no distrito de Viseu, a intervenção no Mosteiro de Santa Maria de Maceira-Dão, em Mangualde, estando apenas a decorrer “a correção de pequenas anomalias construtivas detetadas no ato de receção provisório”.
Em Coimbra, para além da conclusão da obra no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (que reabre ao público na segunda-feira), também o Mosteiro de Celas tem intervenção concluída, assim como a Sé Nova, cuja intervenção “foi menos visível do ponto de vista do público”.
“Mas tratou-se de uma intervenção estruturante, porque teve a ver com a resolução de problemas infraestruturais e está terminada”, frisou.
Também a intervenção na igreja do Carmo, na rua da Sofia, possibilitou que aquele espaço de culto reabrisse, ao fim de dez anos encerrado.
“Está em pleno funcionamento e a Venerável Ordem do Carmo está a desenvolver um programa cultural para dinamização do espaço. Tem visitas guiadas todos os dias, exceto segunda-feira, é um novo ponto de atração à rua da Sofia, espero que seja largamente aproveitado este verão pelos visitantes ou turistas que estejam em Coimbra”, declarou Suzana Menezes.
A diretora regional explicou que todas as citadas intervenções decorreram ao abrigo de financiamento europeu do programa Centro 2020, que totalizou um investimento de quase 4,1 milhões de euros, com um valor global de apoios comunitários de 3,18 milhões.
Fora do Centro 2020 e suportada pelo Orçamento do Estado, em parceria com o município local, está a intervenção no museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré, que representa 1,24 milhões de euros de investimento.
“É um museu, quando cheguei aqui [à DRCC] em 2019, que já se encontrava em avançado estado de degradação, e na sequência do encerramento na altura da pandemia, deteriorou-se de uma forma tão significativa que já não permitiu a sua reabertura. Mas foi sempre uma das minhas principais preocupações”, frisou Suzana Menezes.
Resolvidos os constrangimentos de financiamento, a intenção é proceder à “integral requalificação” do museu, esperando a diretora regional que em 2024 seja possível reabrir o museu “e devolvê-lo à comunidade da Nazaré e ao país”.