Os concertos da cantora cubana Omara Portuondo previstos para este mês em Lisboa e no Porto foram cancelados por motivos alheios à artista, à produção e aos coliseus, onde iria atuar, anunciou hoje a promotora Lazarus.
Por “razões alheias à Lazarus, aos Coliseus e à artista, Omara Portuondo, os concertos agendados para os dias 08 e 14 de julho, no Porto e em Lisboa, respetivamente, serão cancelados”, informou a promotora, não esclarecendo o motivo do cancelamento.
O espetáculo de abertura destes dois concertos estava a cargo da fadista Diana Vilarinho.
De acordo com o comunicado da promotora, o reembolso dos bilhetes já adquiridos deverá ser solicitado num período até dois meses, a partir da data do evento, nos locais onde foram adquiridos.
Os concertos agora cancelados eram dois dos três agendados para Portugal, no âmbito da digressão de despedida dos palcos de Omara Portuondo, aos 92 anos.
O primeiro, e único não cancelado, aconteceu no dia 01 de julho, no Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, onde a cantora cubana apresentou as canções do seu último trabalho, gravado em maio.
Omara Portuondo, muitas vezes descrita como diva e dama da música cubana, já tinha atuado em 2022 em Portugal, no festival Músicas do Mundo de Sines, também nesta digressão de despedida.
Segundo a biografia oficial, Omara Portuondo, nascida em Havana em 1930, começou por ser bailarina no cabaret Tropicana, seguindo as pisadas da irmã Haydee, e fez parte do quarteto vocal Las d’Aida até decidir seguir uma carreira a solo.
“Magia Negra”, o primeiro álbum em nome próprio, saiu em 1959.
A partir daí trilhou um caminho dentro e fora de Cuba em colaboração com diversos músicos estrangeiros, combinando as melodias tradicionais cubanas aprendidas com os pais, com o jazz, a bossa nova, o bolero, a guajira e outros ritmos latinos.
As participações no álbum “Buena Vista Social Club” (1996) e no filme com esse nome de Wim Wenders, em 1999, nos quais protagonizou duetos com Ibrahim Ferrer e Compay Segundo, deram-lhe maior notoriedade internacional e tornaram-na um símbolo da música cubana.
A nova digressão de despedida da cantora começou no México e conta com atuações no Brasil, Estados Unidos e Europa.