As estruturas que representam os polícias da PSP e os militares da GNR pediram hoje esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna sobre a progressão na carreira dos profissionais das forças de segurança, considerando que é necessário “repor a verdade”.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) refere que é importante a realização de uma reunião efetiva com a tutela para negociar a proposta de alterações à tabela remuneratória da Polícia de Segurança Pública, considerando a impossibilidade legal de participação na concertação social.
A ASPP realça que pediu esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna (MAI) após o ministro José Luís Carneiro ter afirmado, na segunda-feira, que as forças de segurança vão ser abrangidas pelo diploma que permite acelerar as progressões dos funcionários públicos a partir de 2024.
“Dada a impossibilidade de participação na concertação social e com base nas declarações feitas pelo ministro, a ASPP/PSP questiona qual foi a base para essas declarações e quais as negociações que ocorreram entre a associação e o MAI para apoiar as afirmações feitas”, precisa o maior sindicato da PSP, reiterando a necessidade de valorizações salariais.
A ASPP indica também que já enviou ao MAI uma proposta de alteração da tabela remuneratória com o objetivo de dignificar os salários dos profissionais da PSP e retificar “incongruências na tabela atual” e manifesta “total disponibilidade para dialogar com a tutela para garantir melhorias salariais”.
Por sua vez, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) considera que o ministro “desconhece os mecanismos de progressão na carreira na Guarda Nacional Republicana”, sublinhando que os militares da GNR “sentem-se ludibriados”.
“Se a Tutela quer provar à opinião pública e aos profissionais da GNR que realmente pretende a valorização em cerca de 20% das remunerações até 2026, então que inicie de imediato a revisão do sistema remuneratório e a forma de progressão na carreira”, salienta a APG.
Associação dos Profissionais da Guarda exige ainda ser ouvida pelo ministro, acusando-o de ter “pura e simplesmente ignorado as reivindicações remuneratórias”.