O Cineteatro Anadia recebe na próxima sexta-feira, 24 de novembro, pelas 9h30, a última sessão das Conferências de Outono 2023, subordinada ao tema da “Gestão da Água”, numa organização do Município de Anadia, em parceria com a FNWay Consulting.
Com um painel de reputados especialistas, a Conferência vai debater a escassez deste bem essencial para a vida e a necessidade de uma gestão mais racional. Pedro Cunha Serra (ex-presidente da Águas de Portugal), António Carmona Rodrigues (ex-ministro das Obras Públicas e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa) e José Furtado (presidente da Águas de Portugal) vão ser os elementos que constituem a mesa, moderada por Luís Mira Amaral.
De salientar que a água é, nos dias de hoje, um recurso crítico que se vem tornando cada vez mais escasso e mais irregular no tempo. Por isso, a sua gestão é um exercício incontornável e imperioso, porque, sendo mais escassa, mais se exige dos responsáveis políticos e administrativos para que façam a sua gestão, quantitativa e qualitativa, de forma criteriosa. Isso exigem os utilizadores, que disputam, não poucas vezes, o acesso a esse bem essencial à vida e a todas as atividades económicas.
Haverá água para todo o país? Haverá assimetrias na sua distribuição? Fará sentido falar em transvases do Norte para o Sul? Conseguimos reter e gerir toda a água que aflui ao país? Teremos barragens e capacidade de armazenamento suficientes? E quanto às perdas e aos desperdícios de água, será necessário investimento nas redes e capacidade de gestão para minimizar tal? Será que os tarifários refletem corretamente o custo de utilização e disponibilização do recurso? Haverá estruturas empresariais envolvendo Estado Central e Regional, autarquias e empresas privadas e ainda uma regulação económica, adequadas ao setor? Serão necessárias estações de dessalinização nalgumas regiões, designadamente no Algarve e em Sines? E os fundos comunitários do PRR e do PT2030 estarão a ser utilizados de forma criteriosa para resolvermos problemas estruturais da gestão da água?
E há ainda que não esquecer que a disputa pelo recurso tem contornos transfronteiriços, com a necessidade de entendimentos com os países vizinhos na mesma bacia hidrográfica, coisa que nem sempre é fácil. O que está a ser feito?
A participação é gratuita, mas de inscrição obrigatória através do link
https://forms.gle/mvegQoeZ8KsbayRq7