Estradas da Pimenteira e de Chelas em Lisboa cortadas. Foram registadas mais de 350 ocorrências até às 16h00.
A chuva chegou em força a Portugal continental e o mau tempo já provocou centenas de ocorrências, grande parte na região de Lisboa.
Fonte da Proteção Civil indicou à agência Lusa que foram registadas, entre as 00h00 e as 16h00 desta quinta-feira, 477 ocorrências, das quais 354 na zona da Grande Lisboa.
Nas redes sociais começam já a circular algumas imagens que mostram os efeitos do mau tempo na capital portuguesa. Um vídeo enviado à MeteoTrasMontPT mostra a Rua das Pretas, junto à Avenida da Liberdade, completamente inundada. Além disso, a estrada da Pimenteira também foi encerrada devido ao mau tempo.
Mas os efeitos do mau tempo não ficam por aqui. Também a estrada de Chelas está encerrada, tal como confirmou a Câmara de Lisboa.
O encerramento das estradas da Pimenteira e de Chelas “são as situações mais gravosas neste momento na cidade”, segundo disse à Lusa Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa.
Mais de 100 situações “continuam ativas” na cidade, mas “nenhuma inspira uma grande preocupação” e todas “estão a ser tratadas”, precisou Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas no Centro de Comando Operacional em Monsanto, que visitou esta tarde.
“Não há nenhuma vítima, mas foi um momento de alguma tensão”, reconheceu Moedas, no balanço feito pelas 17h30, quando a situação estava já “bastante calma”.
Segundo o autarca, “houve danos em viaturas que ficaram quase submersas, nomeadamente na 2.ª Circular.
Para Carlos Moedas, os habituais “pontos negros” quando a cidade de Lisboa é afetada pelo mau tempo só poderão “ser resolvidos com os túneis de drenagem que começaram esta semana a sua construção”.
O autarca referiu, porém, que os cinco sensores que foram instalados após as últimas grandes cheias na cidade “serviram hoje” para assinalar que os túneis da Avenida João XXI e da Avenida de Berlim deviam ser fechados, o que aconteceu temporariamente, ainda de manhã.
Estes sensores são “tubinhos de água” que, quando a água chega a um determinado nível, acionam o centro operacional, permitindo mobilizar de imediato os meios necessários.
O centro de coordenação, que junta Proteção Civil, Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, Polícia Municipal e Bombeiros Voluntários, “continua a funcionar”, realçou Moedas.
Recorde-se que o distrito de Lisboa esteve sob aviso laranja do Instituto Português do Mar e da Atmosfera entre as 13h28 e as 15h00 devido à previsão de períodos de chuva, “por vezes forte e persistente”.