Requalificação da Escola José Falcão em Coimbra poderá custar 36 ME

A requalificação da Escola Secundária José Falcão, em Coimbra, poderá representar um investimento de 36 milhões de euros, afirmou hoje a vereadora da Câmara de Coimbra com o pelouro da habitação.

A requalificação da Escola Secundária José Falcão é há muito exigida pela comunidade escolar, mas também pelo município, que celebrou em novembro de 2023 um contrato interadministrativo de cooperação com a Universidade de Coimbra (UC) para a realização do projeto de intervenção e de investigação da reabilitação daquele equipamento.

“Para a José Falcão, da última vez que falei com os arquitetos e com a equipa da UC [Universidade de Coimbra], era 36 milhões de euros” de previsão de investimento, disse a vereadora com o pelouro da habitação Ana Cortez Vaz, que falava aos jornalistas no final da inauguração do Centro Escolar de Cernache.

Ana Cortez Vaz realçou que a escola tem “uma dimensão gigantesca”, contando com cerca de mil alunos, e que é uma das prioridades para o próximo quadro comunitário, no que toca aos investimentos na área da educação no concelho.

A vereadora realçou que o município já avançou com a verba para o contrato interadministrativo, de cerca de 700 mil euros.

Para além deste investimento, o município estima que a requalificação da Escola Eugénio de Castro, que já tem anteprojeto concluído, fique em nove milhões de euros.

A Câmara Municipal irá também tentar captar fundos para a requalificação das escolas de 1.º ciclo da Conchada e de Eiras, num investimento global de dois milhões de euros.

“Iremos continuar a avançar com projetos. Quando tomámos posse, o único projeto avançado era o de Cernache. Sem projeto, mesmo que haja fundos comunitários, não nos podemos candidatar. Temos feito muitos projetos. Agora, que venham os fundos comunitários”, vincou, referindo que, no caso das duas escolas básicas, os projetos de especialidades devem estar concluídos até ao final do mês.

O Centro Escolar de Cernache, hoje inaugurado, representa um investimento de três milhões de euros por parte do município, tendo capacidade para cerca de 120 crianças no 1.º ciclo, abrindo, a partir de setembro, duas salas de jardim de infância da rede pública, que não havia naquela freguesia.

“Havia uma necessidade evidente de recuperar as escolas desta freguesia. Também com a cessação de contrato com o CAIC [Colégio da Imaculada Conceição], convinha construir novas instalações para as escolas públicas”, vincou o presidente da Câmara, José Manuel Silva.

O autarca recordou que o atual executivo encontrou o projeto de requalificação “em fase final de desenvolvimento” e, apesar de não concordar inteiramente com o mesmo, decidiu concluí-lo e lançar concurso.

“Queríamos desenvolver escolas de proximidade com qualidade para permitir que as crianças fossem a pé para as escolas, em vez de se desencadearem agora grandes movimentos pendulares para os familiares trazerem as crianças todas à escola”, lamentou José Manuel Silva.