Artistas de Cantanhede levam “Mulheres do 25 de Abril” a Oliveira de Azeméis

A Galeria Tomás da Costa, em Oliveira de Azeméis, tem patente até ao dia 14 de fevereiro, a exposição Mulheres do 25 de Abril – Pinturas de Mário Marques | Poemas de António Canteiro.

A inauguração da exposição decorreu no dia 24 de janeiro, contando com a presença dos autores, do presidente da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis e do vice-presidente, Amaro Simões e Rui Luzes Cabral, respetivamente, e de Manuel Alberto, presidente da União das Freguesias de Oliveira de Azeméis, Madaíl, Macinhata da Seixa e Santiago de Riba-Ul.


A abertura da exposição contou com três momentos musicais pelo Ensemble de Guitarras da Academia de Música de Oliveira de Azeméis, dirigida pelo professor Rodrigo Barros.


Mulheres do 25 de Abril é uma exposição que realça o papel de algumas mulheres que se opuseram à política e ao regime do Estado Novo (1933-1974), e que por esse motivo foram perseguidas, presas, torturadas e levadas ao exílio.


As 25 mulheres cujos retratos integram a mostra foram algumas das figuras femininas que se destacaram na contestação ao regime vigente, e com a sua resistência contribuíram de forma determinante para o fim do regime salazarista e a instauração da Democracia em Portugal, com a Revolução dos Cravos a 25 de Abril de 1974.


As mulheres retratadas são Catarina Eufémia, Diana Andringa, Glória Marreiros, Helena Cabeçadas, Helena Pato, Irene Flunser Pimentel, Isabel do Carmo, Luísa Tito de Morais, Margarida Tengarrinha, Maria de Jesus Barroso, Maria de Lourdes Pintasilgo, Maria Helena Gorjão, Maria Helena Vieira da Silva, Maria Isabel Barreno, Maria Lamas, Maria Luísa Cabral, Maria Luiza Sarsfield Cabral, Maria Manuela Macário, Maria Stella Piteira Santos, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Natália Correia, Odete Santos, Sophia de Mello Breyner Andresen e Vera Lagoa.

A exposição, inicialmente inaugurada na Biblioteca do Município de Cantanhede, em abril de 2024, tem vindo a percorrer outros espaços culturais, nomeadamente as bibliotecas municipais de Arganil (agosto) e Montemor-o-Velho (outubro), Junta de Freguesia de Febres (novembro), Cineteatro Municipal Messias, na Mealhada (dezembro/janeiro 2025), estando ainda prevista a sua exposição noutros locais do distrito de Coimbra, no decurso do corrente ano.

Sobre os autores, António Canteiro | Mário Marques António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz, nasceu em S. Caetano, Cantanhede e vive no Barracão, Cantanhede.

É técnico superior de Reinserção, em Aveiro. Estreou-se na escrita com o romance Parede de Adobo (Menção Honrosa do Prémio Carlos de Oliveira, 2005), promovido pelo Município de Cantanhede. Autor de 14 títulos, a sua obra foi galardoada com inúmeros prémios literários.


Já Mário Marques nasceu em Vila Nova, Cantanhede, onde vive. Desde jovem que se interessa por arte, mas foi em 2016 que se começou a dedicar ao desenho e à pintura, de forma regular e autodidata. Nos seus trabalhos sente predileção pelo desenho e pela pintura com recurso ao carvão, a aguarela e a acrílico e, igualmente, a técnicas mistas e as temáticas preferidas são, em geral, figurativas – paisagens, flores, figuras humanas, caricaturas. Mário Marques conta com participações em exposições, de forma individual e coletiva.