Nas eleições autárquicas marcadas para 12 de outubro de 2025, seis concelhos do distrito de Coimbra vão ter obrigatoriamente novos presidentes de câmara. Os atuais autarcas atingem o limite legal de três mandatos consecutivos à frente do mesmo município e, por isso, não poderão recandidatar-se.
A legislação em vigor estabelece que um presidente de câmara não pode exercer mais de três mandatos seguidos na mesma autarquia, regra que agora se aplica a seis municípios deste distrito, todos liderados por autarcas eleitos pelo Partido Socialista.
Municípios com mudança de liderança:
- Condeixa-a-Nova (PS)
- Lousã (PS)
- Miranda do Corvo (PS)
- Montemor-o-Velho (PS)
- Soure (PS)
- Vila Nova de Poiares (PS)
Estas seis autarquias representam um terço dos municípios do distrito de Coimbra, antecipando-se uma renovação expressiva do poder local. A impossibilidade de recandidatura dos atuais presidentes abre espaço a novos protagonistas e pode alterar o equilíbrio político em algumas destas câmaras, mesmo que o PS parta como favorito, por já governar os seis municípios.
Enquadramento nacional
Em todo o país, 89 presidentes de câmara estão impedidos de se recandidatar por terem atingido o limite de mandatos. Destes, 49 são do Partido Socialista, 21 do PSD ou de coligações por este lideradas, 12 da CDU, três do CDS-PP e quatro independentes. O distrito de Coimbra surge assim entre os mais afetados pela limitação de mandatos, tal como os distritos de Lisboa, Viseu ou Santarém.
O cenário eleitoral nestes seis concelhos será acompanhado com especial atenção, quer pelo PS, que procurará manter o domínio nestas autarquias, quer pelos restantes partidos, que podem ver nesta transição uma oportunidade para conquistar terreno. Nos próximos meses, os partidos e movimentos vão apresentar os seus candidatos e projetos, dando início a uma nova fase na vida política local.