Mealhada aprova orçamento recorde de 33,3 milhões de euros

O Executivo Municipal da Mealhada aprovou, esta segunda-feira, o Orçamento e Grandes
Opções do Plano para 2026, num montante global de 33,3 milhões de euros, representando um aumento de 31,7% (mais 8 ME) face ao orçamento em vigor e constituindo o maior orçamento de sempre apresentado pelo Município.


Os documentos previsionais da autarquia para o próximo ano, que implicam um valor total de
33.323.456,00 euros, foram aprovados por maioria, no decorrer da reunião de Câmara desta
segunda-feira, com os três vereadores do PS a absterem-se na votação.


Este Orçamento Municipal, que reserva daquele total o montante de 16,7 milhões de euros para investimento, aponta as maiores verbas para obras inerentes à rede de cuidados de saúde, educação e requalificação urbana das zonas centrais da cidade e das freguesias, prevendo também um maior reforço na transferência de fundos para as Juntas de freguesia.


Uma das grandes fatias do Orçamento para 2026 é destinada aos centros de saúde do
concelho, com a unidade da Mealhada a absorver 2,4 milhões de euros, sendo que mais de 763 mil euros são para a unidade de saúde da Pampilhosa, 656 mil euros para a Vacariça e mais de 65 mil euros para a unidade de saúde do Luso, estas duas últimas já em construção.


Nas restantes obras com maior valor previsto para 2026 está a reparação e conservação da EB
2 da Mealhada (2,2 milhões de euros), expansão das Zonas Industriais da Pedrulha e de
Viadores (2,1 milhões) e pavimentações diversas no valor aproximado de um milhão de euros.

A Estratégia Local da Habitação tem uma dotação prevista de 1,5 milhões de euros.


A requalificação das zonas centrais da cidade da Mealhada e das freguesias está contemplada
nestes documentos, com a Pampilhosa Baixa a ter uma dotação de um milhão de euros, Antes
tem uma verba de 812 mil euros, Barcouço com 600 mil euros para iniciar a obra, sendo que as restantes têm abertura de rubrica e investimentos já apontados, como é o caso da Quinta do Alberto (Luso), Zona Central do Luso, Zona Central de Casal Comba e a continuação das obras na Zona Central de Ventosa do Bairro, assim como as zonas centrais de Silvã e Travasso.


Num ano em que a construção do novo Edifício Municipal vai absorver perto de um milhão de
euros, importa destacar, igualmente, a disponibilização de uma verba de 478 mil euros para o
Centro de Recolha Oficial de Animais, que está em construção, estando previstas outras intervenções, já com dotação para o próximo ano e para os seguintes, no plano plurianual de
investimentos, como é o caso do projeto para a Quinta do Murtal, Reabilitação antigas instalações IVV, Cineteatro Avenida (Luso) e Plataforma logística/rodoferroviária de Pampilhosa, entre outras.


Nas transferências para as Juntas de Freguesia, a proposta do Orçamento aponta um aumento
de 5 por cento para o próximo ano, prevendo igualmente aumentos na transferência de apoios
para o movimento associativo.


“Este Orçamento segue a nossa estratégia, já definida há quatro anos, reafirmando claramente a continuidade das obras estruturantes que temos desenhadas para o concelho, umas já feitas, outras a decorrer ou em concurso”, começou por explicar o presidente da Câmara, António Jorge Franco, destacando que “os documentos estão alinhados com o trabalho desenvolvido nos últimos anos, que nos mostra que é possível investir, fazer obra e, ao mesmo tempo, manter bons indicadores financeiros e de gestão e criar qualidade de vida para os munícipes”.


O autarca deu nota de “um novo ajuste nos apoios às freguesias e, muito em especial para as
três novas freguesias, agora desagregadas, fomentando a coesão territorial no concelho”. E
destacou o reforço das políticas para com o ambiente, em especial a continuação dos
investimentos no Rio Cértima e nas ribeiras do concelho, assim como “o reforço da compostagem e na recolha porta-a-porta para continuar a reduzir drasticamente os resíduos que vão para aterro” e “continuar a reduzir a fatura do consumo energético, com recurso à tecnologia LED, na iluminação pública e nos edifícios municipais”.


Os documentos previsionais para 2026 serão agora submetidos à Assembleia Municipal para
apreciação, discussão e votação.