Mais de 40 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém e Guarda apresentam hoje um perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA colocou também mais de 90 concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Coimbra, Viseu, Guarda, Porto, Aveiro, Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Bragança em perigo muito elevado.
Outros concelhos de todos os distritos de Portugal continental estão hoje em perigo elevado de incêndio.
Por causa das condições meteorológicas, o perigo de incêndio vai manter-se elevado pelo menos até sexta-feira.
Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Devido à previsão de tempo quente para os próximos dias, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) advertiu no domingo que nos dias de perigo de incêndio muito elevado e máximo é proibido fazer queimadas e queimas sem autorização e comunicação prévia.
A Proteção Civil alertou ainda para a proibição do uso de motorroçadoras, corta-matos e destroçadores, assim como o uso do fogo para a confeção de alimentos no espaço rural.
“A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, de acordo com a legislação em vigor, e tendo especial atenção à evolução do perigo de incêndio neste período”, sublinhou.
O IPMA prevê um aumento da temperatura nos próximos dias, alertando que as máximas podem atingir valores próximos dos 40 graus.
Recordando as medidas adicionais da Direção-Geral de Saúde (DGS) face ao aumento da temperatura, a ANEPC reforça a importância de as pessoas aumentarem a ingestão de água, aplicarem protetor solar, usarem chapéu e roupas claras, e optarem por refeições leves e frescas.
Desde o início do ano, as 6.287 ocorrências de fogo já afetaram 28.124 hectares de espaços rurais.