O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, doou mais de 500 quilos de papel para o projeto do Banco Alimentar, que “converte papel em produtos alimentares” a distribuir pelos mais carenciados.
Esta iniciativa surge no âmbito do projeto de Transição Digital do Hospital de Cantanhede, no distrito de Coimbra, que identificou mais de 300 oportunidades de melhoria, em vários ‘workshops’ com profissionais e utentes, afirmou aquela instituição, numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.
A ideia passa por “simplificar processos, melhorando a jornada do doente e dos profissionais, promovendo, assim, a transição digital do Hospital”.
“Ao escutar os nossos profissionais e utentes foi possível identificar com clareza e de forma esquematizada que aspetos teríamos de ajustar para simplificar o seu dia-a-dia. Tratou-se de otimizar tarefas que consumiam tempo desnecessariamente e que, por vezes, chegavam a tornar-se frustrantes e redundantes não só para os nossos profissionais, mas também para os doentes”, disse, citada na mesma nota, a presidente do conselho diretivo do HAJC, Diana Breda.
Depois de um levantamento das oportunidades de melhoria foram adotadas um conjunto de medidas, tendo sempre por base este projeto.
“Alterámos os percursos dos doentes, instalámos quiosques de atendimento automático, implementámos novas ferramentas informáticas, no fundo, desmaterializámos processos”, referiu a administradora hospitalar responsável pelo projeto de Transição Digital, Regina Bento.
Um desses exemplos é a reorganização do arquivo.
“Destruímos quilos de papel dispensável, que irão ter uma nova missão no âmbito do projeto ‘Papel por Alimentos’, contribuindo também para a sustentabilidade ambiental”, acrescentou.
A Transição Digital é uma das dimensões do “HAJC + Digital”, projeto do Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA), cofinanciado pelo COMPETE 2020, PORTUGAL 2020 e pelo Fundo Social Europeu, com um valor total que ultrapassa os 850 mil euros.
Este projeto tem como objetivo a “promoção da centralidade do utente através da melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos processos”, prevendo a desmaterialização dos processos clínicos e não clínicos, a centralidade no utente e a gestão da mudança.
“Era um processo essencial acompanhar o desenvolvimento e a transição digital de forma que, quando o projeto SAMA estiver concluído, o HAJC tenha implementado um modelo operacional simplificado e inclusivo, totalmente centrado no cidadão”, concluiu Diana Breda.