A Clickhouse, empresa de Vagos, construiu aproximadamente 300 casas modulares desde 2011, um tipo de construção procurado “pelo preço apetecível”, mas que está “em crescimento pela experiência de valor acrescentado que proporciona”, considerou hoje o diretor da marca.
Em declarações à agência Lusa, José Camarinha recordou que a empresa de construção de casas modulares, com sede na Zona Industrial de Vagos, no distrito de Aveiro, nasceu em 2011, “no meio de uma crise profunda”, com o objetivo de “proporcionar às pessoas casas de qualidade ao mais baixo preço possível”.
Desde então já construíram perto de três centenas de casas modulares, primeiro respondendo a solicitações de clientes situados nas imediações da sede da Clickhouse, estendendo-se depois a todo o país, “fruto da maior entrada de clientes ocorrer por via digital”.
“Ao longo dos tempos o mercado começou a solicitar-nos, naturalmente, um produto de valor acrescentado e hoje somos uma marca universal, tendo por objetivo que todos possam ter uma Clickhouse. A Clickhouse é a proposta de uma experiência habitacional de valor acrescentado”, sustentou.
Para além do preço “um bocadinho mais acessível”, este tipo de construções tem ainda como vantagem “a rapidez da construção, comparativamente com as habitações ditas tradicionais”.
“Mas realço especialmente que a grande vantagem é do ponto de vista do conforto da casa, que decorre da eficiência energética, acústica e qualidade de construção, em termos de robustez e segurança”, acrescentou.
Com três grandes linhas arquitetónicas e mais de 50 modelos de casas ‘standard’ de várias tipologias, o prazo médio de construção varia entre seis meses e um ano.
“Quando o cliente já traz projeto aprovado pela câmara municipal e quer construir com o método Clickhouse, o tempo médio de construção é de aproximadamente seis meses. Se chegar sem nada, em termos médios, demora aproximadamente um ano, pois dependemos das câmaras municipais e de todo o tipo de licenciamentos”, explicou.
Estas são as mesmas variáveis que fazem com que o valor das habitações, todas elas construídas apenas em rés-do-chão, atinjam maiores ou menores custos por cada metro quadrado.
“Uma moradia t2, considerando só a construção, conseguimos fazer tranquilamente bem abaixo dos 100 mil euros. Falamos de 800 a 900 euros por metro quadrado, só que uma casa não é só a estrutura e acrescem os custos com o processo de licenciamento, taxas e licenças, valor do terreno e no final há custos com medições finais e emissão de licença de utilização”, esclareceu.
De acordo com o diretor da marca, a Clickhouse tem como objetivo para este ano “chegar às 50 casas, depois de no ano passado ter optado por fazer “um ‘downgrade’, por falta de capacidade de resposta devido à falta de mão-de-obra e de serviços técnicos”.
Este é “o maior constrangimento” com que se debatem, no entanto, estimam que os próximos três anos sejam de consolidação e “com um crescimento na ordem dos 20%, desde que haja capacidade operacional, especialmente mão-de-obra”.
“É muito difícil encontrar mão-de-obra especializada nesta área, desde eletricistas, canalizadores a aplicadores de pladur”, concluiu.
Atualmente com 30 funcionários, a Clickhouse registou uma faturação, no ano de 2022, na ordem dos três milhões de euros.