A Plataforma P’la Reposição das Scut na A23 e A25 acusou o Governo de falta de palavra sobre o anúncio do programa para a redução das portagens e frisou que no próximo Orçamento do Estado só admite a abolição.
“Perante tanto adiamento e incumprimento da palavra dada, e face ao agravamento das condições sociais e de vida das populações, a Plataforma P’la Reposição das Scut na A23 e A25 vem de forma muito clara afirmar que o Orçamento do Estado (OE) para 2024 só pode consagrar a reposição das Scut na A23, A24 e A25 com a abolição das portagens nestas vias”, sublinhou o grupo, em comunicado.
O conjunto de entidades apontou o dedo ao Governo por “falhar nos seus próprios prazos” e considerou que “esta falta de palavra e esta falta de ética política descredibiliza a senhora ministra [Ana Abrunhosa], que fala sem ter a certeza de o poder fazer, e significa a sua desautorização por parte do primeiro-ministro”.
A Plataforma lembrou também que, quando foi decidida uma redução do valor de 50%, “o Governo, através de truques de má qualidade, apenas reduziu 30%”, e acrescentou que as ministras da Coesão e do Trabalho, em campanha eleitoral, “prometeram reduções em 2022 e 2023 e não o fizeram”.
“Fica assim demonstrado que o Governo teve tempo mais do que suficiente para repor as Scut de forma suave e planeada”, enfatizou a Plataforma, na mesma nota.
O grupo anunciou para dia 11 de outubro, o dia seguinte à entrega do OE, um encontro onde tomará decisões.
Em julho, a ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, disse que “muito em breve” o Governo ia anunciar um programa para a redução das portagens nas antigas Scut e admitiu que a abolição apenas poderá ser ponderada no final das concessões.
A ministra da Coesão Territorial referiu, em maio, ter a sensação de estar “sempre em dívida” por ainda não ter conseguido reduzir as portagens, mas salientou que os ministérios envolvidos têm estado a trabalhar numa proposta.
Ana Abrunhosa lembrou em 19 de maio ter prometido em campanha a redução das antigas Scut e que essa medida consta no programa do Governo e no OE deste ano.