O reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, disse hoje que não investir na educação compromete o presente e o futuro, sendo essa uma lição que não deve ser esquecida.
“Portugal viveu as consequências da falta de investimento na educação durante décadas no Estado Novo e aprendemos todos que atentar contra a educação não prejudica só as gerações atuais, prejudica também, e muito, as gerações futuras”, declarou.
Para o reitor, “é preciso que esta lição não seja esquecida”.
Paulo Jorge Ferreira, que falava esta manhã na cerimónia de abertura do ano letivo que marca o início das celebrações dos 50 anos da Universidade de Aveiro, destacou a atratividade da Universidade de Aveiro e “os desafios que se colocam face à desigualdade digital a requerer novas soluções formativas”.
“A Universidade de Aveiro tem trabalhado em soluções formativas para estes desafios: criámos as micro credenciais e cursos de curta duração, em parceria com 230 empresas e entidades, num processo de exemplar abertura à sociedade”, destacou.
Quanto ao concurso de acesso ao ensino superior nas licenciaturas oferecidas pela Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira disse que todas as vagas foram praticamente preenchidas na primeira fase, “a mais elevada percentagem de preenchimento de uma universidade fora de Lisboa e Porto”.
Segundo os números revelados pelo reitor, foram recebidas naquela universidade mais de 15.000 candidaturas para 2.300 vagas e o número de colocados em primeira opção atingiu um novo máximo, num ano em que o número de candidatos baixou 4% face ao ano anterior e cerca de 8% face a dois anos antes.
“Combinando a taxa de colocados quando matriculados, a Universidade de Aveiro surge como a segunda instituição a nível nacional com maior taxa de preenchimento logo na primeira fase do concurso”, afirmou.
Paulo Jorge Ferreira, dando conta de que também foram recebidos em Aveiro mais de 1.250 estudantes internacionais, disse que a universidade conta com uma comunidade multicultural de cerca de 100 nacionalidades.
O reitor aproveitou a oportunidade para anunciar que será iniciada em breve a construção de cinco novos blocos residenciais e será lançado o concurso de empreitada para a conversão do antigo armazém da Quimigal para alojamento estudantil, junto à Estação de Aveiro, estando em curso ainda o processo de construção de residências na Quinta do Comandante, em Oliveira de Azeméis, em consórcio com o município local.
“Estas intervenções permitiram à Universidade de Aveiro, que já tem um dos rácios de camas por estudantes deslocados mais elevados do país, aumentar a sua oferta em 41%”, sublinhou.