O restaurante Solar do Bacalhau, em Coimbra, recebeu hoje a apresentação de uma receita tradicional, esquecida há gerações e que foi agora redescoberta: o “Bacalhau à Coimbra”.
Este prato, desconhecido de muitos, vai passar a ter o destaque que merece e integrar as ementas dos principais restaurantes da cidade, fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Coimbra e a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, com o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Lugrade – Bacalhau de Coimbra.
Na apresentação, seguida de degustação, estiveram presentes José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, Jorge Loureiro, vice-presidente da AHRESP, José Madeira, presidente da delegação de Coimbra da AHRESP, e os irmãos Vítor e Joselito Lucas, da Lugrade, entre outras individualidades.
Na ocasião, José Madeira, presidente da Delegação de Coimbra da AHRESP, realçou que “o ‘Bacalhau à Coimbra’ é um prato há muitos anos esquecido, que faz parte do nosso legado gastronómico. Queremos que volte a ser, a partir de agora, uma referência da gastronomia coimbrã e que venha reforçar a muita oferta de qualidade que há hoje em Coimbra”.
Jorge Loureiro, por seu lado, destacou o apoio dos “parceiros e patrocinadores, que permitem alavancar iniciativas como esta”. “O ‘Bacalhau à Coimbra’ é uma iniciativa da delegação de Coimbra da AHRESP, uma de muitas que realizou ao longo de 2022. Apesar do momento difícil e das nuvens cinzentas que ameaçam o setor, os empresários desta atividade demonstram, mais uma vez, que têm a resiliência necessária para superar os obstáculos. Os empresários do Turismo estão absolutamente determinados em contribuir para a recuperação nacional”, sublinhou.
Para Vítor Lucas, “este prato fará todo o sentido para a restauração da cidade. Promover o ‘Bacalhau à Coimbra’ é promover a cidade e os estabelecimentos de restauração de Coimbra vão seguramente sair a ganhar com esta recuperação”.
Pedro Machado recordou que o “turismo é um extraordinário instrumento, uma indústria que é capaz de fazer mover os territórios”. “O turismo representa em receitas um PRR todos os anos, cerca de 18 mil milhões de euros anuais. É uma verba demasiado importante para que os governos nacionais, regionais e locais não olhem para esta indústria como um poderoso instrumento de criação de riqueza e da distribuição dessa riqueza para as economias”, frisou. “A opção pela gastronomia assenta no facto de que é um produto que gera valor e que agrega vários setores. Recuperarmos um prato de bacalhau numa época tão festiva e tão importante para os portugueses é um casamento perfeito”, acrescentou Pedro Machado
José Manuel Silva lembrou que, “havendo mais de 1000 maneiras de fazer bacalhau, estávamos a esquecer a nossa maneira de o fazer em Coimbra. Nós próprios não dávamos o devido valor à nossa gastronomia”. “Esta receita tradicional de ‘Bacalhau à Coimbra’ vai contribuir para afirmar a qualidade da gastronomia de Coimbra e para passarmos a ser também reconhecidos como uma cidade de destino para os apreciadores de bacalhau. Que este seja mais um dos muitos motivos de atração de Coimbra, uma cidade e uma região que está no bom caminho, no caminho do crescimento acelerado e sustentável”, concluiu.