António Costa fala ao país depois de se reunir duas vezes com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O primeiro-ministro, António Costa, ‘quebrou o silêncio’ quanto ao caso que está a marcar a atualidade informativa esta terça-feira, e que envolve uma investigação que visa as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas), um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines e o projeto de construção de “data center” desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade ‘Start Campus’.
Neste âmbito, já foram feitas cinco detenções. Estão envolvidos governantes e responsáveis da confiança de António Costa, entre os quais o chefe de gabinete do primeiro-ministro, assim como o ministro das Infraestruturas, João Galamba – que é arguido. O caso envolve também o gestor Diogo Lacerda Machado, que é tido como o “melhor amigo” de Costa.
“Ao longo destes 25 anos dediquei-me de alma e coração a servir os portugueses. Estava naturalmente disposto a cumprir o mandato que os portugueses me confiaram até ao fim desta legislatura”; começou por dizer Costa. “Estou totalmente disponível para colbaorar com a Justiça, em tudo o que entende ser necessário”, rematou.
Costa referiu que “não lhe pesa na consciência” qualquer ato ilícito”. “Confio na Justiça e no seu funcionamento”.
“Obviamente apresentei a minha demissão”, diz Costa.