A Câmara de Coimbra aprovou hoje uma proposta de protocolo de cooperação com a Infraestruturas de Portugal (IP) para a elaboração de estudos para um plano de pormenor da futura estação intermodal, numa área de intervenção de 141 hectares.
O protocolo recupera o acordo já estabelecido em 2010 entre as duas entidades, quando se perspetivava a requalificação da estação ferroviária de Coimbra-B, face ao projeto de alta velocidade que na altura ficou parado.
O novo acordo, que pretende transformar Coimbra-B numa estação intermodal, estabelece os passos e responsabilidade na elaboração de um plano de pormenor de toda a área de intervenção, que será de 141 hectares, mas que vai refletir “sobre uma área mais abrangente de 273 hectares, incluindo toda a zona ribeirinha, Alta e Universidade de Coimbra”, realçou a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos.
Segundo a vereadora, o plano de pormenor vai ter como base o estudo urbanístico da zona que está a ser desenvolvido pelo gabinete de arquitetura liderado por Joan Busquets, arquiteto catalão contratado no verão passado pela IP para esse efeito e que foi o autor do plano de 2010 para Coimbra-B.
“Em 2010, foi um plano de urbanização, agora será um plano de pormenor, o que implica uma escala mais apertada e detalhada”, salientou Ana Bastos, referindo que, face aos vários trabalhos que serão da responsabilidade do município, alguns poderão ser adjudicados a entidades externas.
A autarquia ficará responsável pela proposta técnica de desenvolvimento do plano, pela discussão pública, aprovação e publicação do plano, mas também de trabalhos como a execução da cartografia, estudos de tráfego, mapa de ruído e estudos ambientais.
Já à IP, compete o desenvolvimento do estudo urbanístico de suporte ao plano de pormenor.
Durante a reunião do executivo, Ana Bastos anunciou que a 18 de janeiro, na Câmara de Coimbra, serão apresentadas as linhas gerais que norteiam o plano pormenor pelo arquiteto Joan Busquets.
De acordo com a vereadora, o plano de pormenor deverá estar concluído em menos de um ano, acreditando que, desta vez, ao contrário de em 2010, o projeto de alta velocidade irá para a frente.