As companhias de teatro Encerrado para Obras e Navio, apresentaram ontem, no Seminário Maior de Coimbra, o projeto e a versão áudio do espetáculo “Todos ao Monte e Fé em Deus”, inspirado nos célebres “Contos de Fajão” de Monsenhor Nunes Pereira.
A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Alexandra Tomé, marcou presença na apresentação do projeto, que arrancou no ano passado com uma residência
artística em Fajão, e irá circular pela região entre maio e julho de 2025.
A estreia da peça teatral está marcada para o dia 17 de maio, no adro da Igreja de
Fajão, pelas 21h30, numa ocasião que promete alimentar a imaginação do público,
convidando a imergir nos inusitados e divertidos contos, cuja mensagem tem um
profundo significado cultural, social e antropológico.
O projeto “Todos ao Monte e Fé em Deus” conta com o apoio da DGArtes e resulta de
entre as duas estruturas artísticas – Encerrado para Obras e Navio -, o Seminário Maior
de Coimbra, a Junta de Freguesia Fajão-Vidual, o Museu Monsenhor Nunes Pereira e os
Municípios de Coimbra e Pampilhosa da Serra. O projeto inclui ainda a parceria dos
Municípios de Arganil, Góis, Lousã e Miranda do Corvo.

Datas da digressão:
10 maio, ensaio aberto, ACR Ceira dos Vales, 17h00
17 maio, ESTREIA, Adro da Igreja, Fajão, 21h30
25 maio, Salão da Junta de Freguesia, Dornelas do Zêzere, 16h00
28 maio, Auditório Municipal, Pampilhosa da Serra, 14h30
30 maio, Auditório Municipal, Pampilhosa da Serra, 21h30
31 maio, Auditório Cerâmica Arganilense, Arganil, 21h30
13 junho, Praça Dr. Alberto Vale, Côja, 21h30
14 junho, Teatro Municipal da Lousã, 21h30
22 junho, Comissão de melhoramentos Cortes, Alvares 21h00
27 junho, Convento de São Francisco, Coimbra, 21h30
12 julho, Alto do Calvário, Miranda do Corvo, 21h00
Sinopse da peça
O projeto Todos ao Monte e Fé em Deus tem por base a obra “Os Contos de Fajão”, um conjunto de histórias ancestrais recolhidas por Monsenhor Nunes Pereira. Caracterizadas
por um humor mordaz e caricatural, roçando por vezes o absurdo, são histórias que
contêm um profundo significado cultural, social e antropológico, o que as torna
verdadeiramente intemporais e universais.
Mesclando teatro e música, o espetáculo recria o ambiente peculiar desta aldeia perdida
nas montanhas, apresentando-nos um mundo à parte, com seus próprios usos e
costumes, onde o destino se encarrega de resolver todos os problemas, repondo a ordem
natural da vida. O projeto perpetua a tradição oral do “Portugal profundo”, questionando
as relações de poder entre o campo e a cidade, a sabedoria popular e o saber académico,
a natureza e a máquina…
“Histórias são sementes levadas pelo vento. Há sempre um ouvido baldio que as acolhe e
lhes dá poiso fértil para se espalharem por outros tantos. “
O espetáculo conta com encenação, direção dramatúrgica e música original (tocada
integralmente ao vivo) de David Cruz. A cenografia, adereços e figurinos, bem como o
design gráfico e fotografia estão a cargo de Cláudia Santos.
O elenco é composto por Jaime Castelo-Branco, Hélder Carvalho, Margarida Neto, Maria João Borges e Miguel Figueiredo.