A primeira edição do projeto comunitário ‘Ponto Fogaça’ encerrou de forma simbólica com a entrega de diplomas às tricotadeiras voluntárias, numa sessão realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, e o presidente da Câmara, Emídio Sousa, vincou na ocasião que o projeto vai continuar, por vontade expressa do Município e das tricotadeiras.
O encontro de encerramento preparado pela Câmara Municipal foi uma singela homenagem e um gesto de reconhecimento pelo envolvimento de 55 voluntárias na primeira edição do ‘Ponto Fogaça’ que, em pouco mais de dois meses de trabalho, dedicação e partilha, tricotaram 91 casaquinhos de lã, que aconchegaram outras tantas meninas na Festa das Fogaceiras.
“Este projeto foi um momento particularmente feliz da história da nossa terra”, sublinhou Emídio Sousa, depois da entrega dos diplomas às voluntárias. “Quando pomos vontade nas coisas, fazemos coisas extraordinárias. Fiquei maravilhado com o tudo o que vi e ouvi, com o que pude acompanhar e com o resultado final”, disse com entusiasmo.
“Não vamos perder esta ideia, este trabalho, esta interação fabulosa. Vamos continuar a envolver as nossas gentes, que tão bem representam a nossa maneira de ser, a nossa cultura, o nosso país”, garantiu o autarca.
Nem todas as tricotadeiras que participaram no projeto puderam estar presentes, dia 4 de fevereiro, na sessão de entrega dos diplomas, seguida de lanche-convívio no refeitório da Câmara Municipal e espetáculo no Cineteatro António Lamoso.
Uma das voluntárias, a D. Maria das Dores Pombo, de 87 anos, reside na África do Sul, mas aceitou o desafio de participar através da associação que organiza a Festa das Fogaceiras em Pretória. Com todo o saber e dedicação, tricotou um casaquinho com as lãs que seguiram de Santa Maria da Feira e, em breve, vai receber em mãos o diploma de participação, que lhe será entregue por emigrantes feirenses que visitaram a terra natal.
Emídio Sousa fez questão de vincar que, ausentes ou presentes nesta sessão, “todas as voluntárias desta primeira edição do ‘Ponto Fogaça’ ficarão ligadas para sempre a este novo capítulo da história da Festa das Fogaceiras”.
Recorde-se que, no seguimento do desafio lançado pela Câmara Municipal no início de novembro passado, 55 voluntárias de Santa Maria da Feira e de municípios vizinhos, dos 31 aos 95 anos, associaram-se de imediato ao projeto e tricotaram dezenas de casacos de lã que foram disponibilizados às participantes mais pequeninas, através do Cantinho da Fogaceira.
A abertura das inscrições para a segunda edição do ‘Ponto Fogaça’ será divulgada oportunamente, através de diferentes canais e plataformas de comunicação do Município, de forma a chegar às várias faixas etárias e às diferentes comunidades, mantendo-se a abertura à participação de voluntários de outros territórios.