O Balneário das Termas de São Pedro do Sul vai ser requalificado com uma intervenção de sensivelmente quatro milhões de euros (ME), que permitirá um “novo conceito” para atrair novos públicos, disse hoje o presidente daquela estância.
“Vai ser feita uma requalificação quase total do Balneário Rainha D. Amélia e, após a requalificação ficará com um conceito totalmente novo de termas. Será um novo balneário no edifício já existente”, afirmou à agência Lusa o presidente das Termas de São Pedro do Sul, no distrito de Viseu.
Victor Leal adiantou que a requalificação conta com “um financiamento de 3,8 ME no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e é um dos maiores investimentos realizados no interior do país”.
O responsável, que é também presidente da Associação das Termas de Portugal, reconheceu que as obras “vão custar um bocadinho mais”, uma vez que se trata de uma “requalificação quase total” do balneário.
“Procuramos criar todo um novo conceito na área do termalismo, vocacionado muito mais para o bem-estar e para a promoção da saúde e não tanto para o terapêutico, que temos no outro balneário (D. Afonso Henriques)”, especificou.
O balneário Rainha D. Amélia terá um conceito “muito mais moderno, com piscinas exteriores de água quente” e, “associado, todo um conceito de tratamentos muito inovadores”, explicitou.
“Ligar toda a nossa área de investigação dermocosmética aos tratamentos termais, ou seja, ligar a dermocosmética à água termal e a todo um conjunto de ofertas de tratamentos e de novas experiências no termalismo”, destacou.
Victor Leal referiu ainda, em declarações à agência Lusa, que, com este projeto, as termas “procuram muito novos públicos e, principalmente, pessoas que querem novas experiências, já que vai ficar um novo balneário nessa perspetiva e nesse conceito inovador”.
“Ou seja, é um conceito em que cada um vem à descoberta de uma experiência, que se vai encontrar nele mesmo. Entra no balneário sabendo que vai encontrar água termal, mas será ele próprio a produzir a sua experiência”, descreveu.
Isto, continuou, “permite que seja a pessoa a escolher o tipo de produto que quer usar, o tratamento que quer fazer, mas sempre com orientação dos técnicos das termas, mas permite uma perspetiva mais holística e integrada de saúde e bem-estar”.
Victor Leal afirmou que, com esta requalificação, as Termas de São Pedro do Sul, que “já hoje atingem vários públicos, vão ter uma oferta ainda mais diversificada em espaços diferentes”.
O responsável adiantou que quer lançar o concurso para a requalificação “até ao verão” e a obra em si, “que deverá acontecer em duas fases, para estar totalmente concluída em final de 2026”.