Em causa está o jogo de futebol de domingo entre o FC da Lixa e o Vila Futebol Clube.
A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) instaurou esta segunda-feira um processo devido a atos racistas ocorridos num desafio da AF Porto e interditou um adepto por insultos a um futebolista menor.
“Face à notícia amplamente divulgada de eventuais atos de racismo e podendo estar em causa a prática de ilícitos de natureza contraordenacional, a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto instaurou um processo para apuramento dos factos e responsabilidades daí decorrentes”, informa o organismo.
Em causa, o jogo de futebol de domingo entre o FC da Lixa e o Vila Futebol Clube, no Estádio Senhor do Amparo, da quinta jornada do Campeonato da Divisão de Honra para apuramento do campeão da Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto, que levou os visitantes a abandonar o desafio.
O Vila Futebol Clube justificou a sua atitude com um insulto a um dos seus futebolistas, perpetrado após a conversão do penálti que deu o 1-0 para o anfitrião Lixa, a cerca de cinco minutos do fim: o Lixa condena o ato e alega que a situação se trata apenas de uma “cabala”.
Também no domingo, um homem de 54 anos foi identificado pela GNR no jogo entre o Sport Clube Tarouca e o Grupo Desportivo de Oliveira de Frades, no Estádio Municipal de Tauroca, em desafio da 11.ª jornada da Taça ‘Ouro’ sub-14 da Associação de Futebol de Viseu, após insultos racistas a uma criança futebolista de 12 anos.
“Na sequência da medida cautelar, o adepto ficará impedido de aceder a recintos desportivos até final do processo de contraordenação. De acordo com o atual regime jurídico, em caso de condenação, o infrator poderá estar sujeito a coima entre os 1.000 e os 10.000 euros e sanção acessória de interdição de acesso a recintos desportivos até dois anos”, informa a APCVD.
O organismo acrescenta que, em caso de incumprimento da medida de interdição decretada, o adepto “incorre no crime de desobediência e poderá ser detido pelas autoridades policiais”.