A primeira fase de beneficiação da Estrada Nacional (EN) 344, na Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, deverá arrancar ainda neste mês de abril, disse hoje o presidente da Câmara, Jorge Custódio.
A empresa comprometeu-se connosco durante o mês de abril, pelo que nas próximas semanas o início da obra vai ser uma realidade, porque os trabalhos já estão no terreno, com marcações e o estaleiro está a ser montado”, adiantou o autarca à agência Lusa.
Falando no final da cerimónia do feriado municipal, Jorge Custódio salientou que se trata de uma obra que vai melhorar “metade da acessibilidade à vila da Pampilhosa da Serra”, já que fica a faltar uma segunda fase de intervenção, que ainda não está calendarizada.
Com um investimento de 12 milhões de euros, a primeira intervenção incide “na parte pior” da via, numa extensão de quase oito quilómetros, entre o cruzamento de acesso a Oleiros e a Pampilhosa da Serra, que faz a ligação ao Itinerário Complementar 8 e à Autoestrada 13.
Futuramente, a segunda fase há de requalificar a EN 344 entre o alto da localidade Maria Gomes até o cruzamento de Alvares, numa extensão de cerca de 12 quilómetros, “mas mais fácil de executar”.
Na cerimónia do feriado de comemoração dos 715 anos de elevação de Pampilhosa da Serra a concelho, o presidente da Câmara da voltou a rejeitar qualquer possibilidade daquele território acolher uma exploração de depósitos minerais de lítio, conforme vontade já manifestada por interesses privados.
“Este cenário é incompatível com um território que se quer afirmar como destino turístico de natureza e que privilegia a qualidade de vida da população. Todos podemos ser poucos para defender o património que é das gerações futuras, para lutar contra interesses desmesurados e gananciosos”, alertou Jorge Custódio.
O autarca afirmou que o município não deixará, “de ânimo leve, que descaracterizem as aldeias e a paisagem, nem que destruam a verdadeira riqueza do concelho”.
Este ano, segundo o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, deverá avançar também a plantação dos primeiros 30 hectares de vinha com Indicação Geográfica Protegida numa encosta do rio Zêzere, cujo projeto se insere numa zona de Área Integrada de Gestão de Floresta.
Além da criação de riqueza, a aposta no setor vitivinícola visa também criar áreas de descontinuidade florestal para aumentar a resiliência aos incêndios rurais e adaptar o território às alterações climáticas.
Na cerimónia, que foi presidida pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, a Câmara liderada pelo social-democrata Jorge Custódio atribuiu a Medalha de Mérito Municipal à embaixada de Israel em Portugal e ao presidente da Câmara Municipal de Cascais, pelos contributos à Pampilhosa da Serra no seguimento dos trágicos incêndios de outubro de 2017.