Uma das quatro pessoas detidas pela alegada prática de crimes de burla e outros através de uma aplicação digital (‘app’) vai aguardar julgamento em prisão preventiva, informou hoje a Procuradoria da República da Comarca de Castelo Branco.
Na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou que tinha detido quatro pessoas, em Castelo Branco, Loures e Lisboa, suspeitas da prática de crimes de burla qualificada, burla informática e nas comunicações, falsidade informática, acesso ilegítimo e branqueamento de capitais.
“No âmbito de uma investigação envolvendo as chamadas ‘burlas MBWay’, decorreram diligências de busca e apreensão e foram efetuadas quatro detenções” pela PJ, refere uma nota publicada hoje no portal do Ministério Público (MP).
Dois dos detidos, segundo a Procuradoria da República, foram ouvidos, na terça-feira, no âmbito de “um primeiro interrogatório judicial, por se encontrarem fortemente indiciados” da prática de oito crimes de burla qualificada, oito crimes de acesso ilegítimo, três crimes de burla qualificada na forma tentada e um crime de branqueamento de capitais.
“Na sequência desse interrogatório, um dos arguidos ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva, tendo o outro ficado com a obrigação de se apresentar, periodicamente, às segundas e sextas-feiras, no órgão de polícia criminal da sua área de residência. Ambos ficaram com a proibição de se contactarem reciprocamente”, adianta.
Os restantes arguidos “foram sujeitos a interrogatório não judicial, tendo ficado sujeitos” os dois a termo de identidade e residência.
Segundo a Diretoria do Centro da PJ, os arguidos são três homens e uma mulher, com idades entre os 20 e os 35 anos, detidos em Monforte (Castelo Branco), Loures e Lisboa, no cumprimento de mandados de busca e detenção emitidos pelo MP de Castelo Branco.