𝐂Â𝐌𝐀𝐑𝐀 𝐌𝐔𝐍𝐈𝐂𝐈𝐏𝐀𝐋 𝐃𝐄 𝐏𝐄𝐍𝐀𝐂𝐎𝐕𝐀 𝐀𝐔𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀 𝐃Í𝐕𝐈𝐃𝐀 𝐄𝐌 𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐌𝐈𝐋𝐇Ã𝐎 𝐃𝐄 𝐄𝐔𝐑𝐎𝐒 

Recentemente foi conhecido o relatório de gestão e prestação de contas do Município de Penacova, relativo ao ano de 2022, realizado por um auditor externo, que apresenta nas rubricas principais um desempenho pior do que no ano de 2021. 

Apesar disso, a nota de imprensa difundida, entretanto pela Autarquia pretendeu omitir, propositadamente, outros parâmetros financeiros em que a gestão orçamental piorou e bastante, querendo assim passar uma imagem que não corresponde à verdade e nem transmite o real desempenho financeiro e orçamental do Executivo, como era devido e necessário dar conhecimento aos Munícipes. 

O saldo de gerência, que é a diferença entre as importâncias arrecadadas e os pagamentos efetuados, piorou, passando de mais de 1 milhão de euros em 2021 para 230 mil euros em 2022. Para além disso, os depósitos/disponibilidades (dinheiro no banco) passou para menos de metade, passando de 1,5 milhão em 2021 para cerca de 700 mil euros de 2022. A poupança corrente também piorou, passando de mais de 700 mil euros em 2021, para pouco mais de 500 mil euros. A dívida do município passa agora os 4,111 milhões de euros, enquanto que em 2021 era de 3,035 milhões. Acrescenta-se ainda que o prazo médio de pagamentos efetuados pelo município a fornecedores agravou-se. Mesmo o ganho que houve de 400 mil euros de melhoria no saldo liquido, muito se deveu ao corte nas transferências e subsídios atribuídos, por exemplo às associações e juntas de freguesia, que em 2021 foi de 2,9 milhões e em 2022 foi de 2,5 milhões. 

O passivo da Autarquia cifra-se agora em 6,8 milhões de euros, cerca de mais de 700 mil euros que no ano passado. Curiosamente, agora, e que o passivo se agravou, o Sr. Presidente da Câmara, não fez o mesmo folhetim que o ano passado, quando veio para os jornais referir-se à herança deixada pelo anterior Executivo era enorme, confundindo dívida com passivo, o que obrigou a um esclarecimento público do anterior executivo para repor a verdade e que até hoje não teve a humildade de reconhecer. 

Facilmente se percebe que este Executivo caminha para o fim da primeira metade do mandato, com um desempenho financeiro pior em muitos parâmetros traduzidos por este documento de gestão e prestação de contas. Associado a isto não se conhecem os projetos estruturantes para o Concelho: dossier das zonas industriais sem desenvolvimento; não há investimento no saneamento; associações com menos apoio financeiro; turismo sem uma visão estruturada e diferenciada; requalificação viária praticamente inexistente, são um exemplo. 

Apesar da conjuntura económica desfavorável marcada pela taxa de inflação, apercebemo-nos de gastos fúteis em opções duvidosas, como sejam a duplicação dos custos de transportes, promoção da lampreia no Casino da Figueira da Foz em final de época, street food com pouca dinâmica para o comércio local, stands para mercadinho de natal sem dinâmica, máquinas de limpeza/varredoras inapropriadas para o nosso território, entre outras. 

O atual executivo continua empenhado em apagar o que de bem foi feito pelos seus antecedentes, preocupando-se apenas com fotografias e notas de imprensa, estando à vista de todos a incapacidade de cumprirem as sua promessas eleitorais, não 

apresentando uma obra para além das obras deixadas em fase de projeto ou em execução do anterior Executivo, como sejam a Estrada de Carvalho; Canil Municipal de Penacova, Casa das Artes de Penacova, Centro Educativo de Figueira de Lorvão, requalificação da Rua Artur Soares Coimbra, o Centro Interpretativo do Mosteiro de Lorvão, a reabilitação da rotunda de São Pedro de Alva ou a Casa do Monte/Museu do Palito.