Fundão assinala no sábado Dia de África no Centro para as Migrações

 O município do Fundão, com pessoas de mais de vinte nacionalidades acolhidas no Centro para as Migrações, e com imigrantes de 71 países no concelho, comemora no sábado o Dia de África, com um programa aberto a toda a comunidade.

“O Fundão é uma terra de acolhimento e queremos envolver a comunidade em geral para conhecer melhor a vida no continente africano, para quem recebemos partilhar um pouco mais dos seus países de origem, através desta mostra, que é uma iniciativa aberta a todos”, sublinhou hoje, em declarações à agência Lusa, Alcina Cerdeira, vereadora com o pelouro da Ação Social, Inclusão e Igualdade na Câmara do Fundão.

O Dia de África é assinalado internacionalmente em 25 de maio, mas a data é comemorada no sábado no Fundão “para permitir que mais gente participe” num evento que decorrerá entre as 15:00 e as 22:00, no Centro para as Migrações, e que contará com música africana, um desfile de moda, dança e gastronomia de vários países.

O Fundão é uma das Capitais Europeias da Inclusão e da Diversidade 2023, título atribuído este mês pela Comissão Europeia, e é importante fazer esse trabalho de integração também com a comunidade que acolhe.

Segundo Alcina Cerdeira, a celebração do Dia de África vem na sequência “do trabalho feito desde há cerca de dez anos na integração de migrantes”.

A vereadora destacou a importância do conhecimento mútuo e acentuou a importância de o município acolher quem chega, para fazer face ao despovoamento e à necessidade de mão de obra em alguns setores.

“Somos um território desertificado, com um índice de envelhecimento de 328 e precisamos de quem chega para contrariar estas questões”, acentuou Alcina Cerdeira, em declaração à agência Lusa.

Para a vereadora na Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, a política adotada beneficia ambas as partes, por o município “transformar a vida das pessoas” e ganhar novos fundanenses.

A autarca realçou a “grande representatividade de pessoas de África” no Fundão, nomeadamente estudantes de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e também refugiados.