A empreitada de construção do troço do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) entre o Alto de São João, em Coimbra, e Serpins, na Lousã, deverá ficar concluída em dezembro, afirmou hoje um responsável da Infraestruturas de Portugal (IP).
Aquela que foi a primeira empreitada a ser consignada no âmbito do SMM, em setembro de 2020, deverá ser dada como concluída em dezembro, disse José Duarte Miguel, gestor do empreendimento do Sistema de Mobilidade do Mondego por parte da IP, que falava aos jornalistas na apresentação do protótipo dos abrigos que serão instalados em todas as estações do ‘metrobus’, na Lousã.
Segundo o responsável, houve “problemas de fornecimento, de subempreiteiros, de mão de obra”, assim como “problemas técnicos”, que levaram ao atraso na conclusão desta empreitada, que inicialmente deveria estar concluída em março de 2022, mas que foi depois adiada para outubro desse mesmo ano, prazo que também falhou.
O presidente da Metro Mondego, João Marrana, realçou que esta empreitada em específico não o preocupa, porque não está “no caminho crítico”, referindo que as restantes estão “a decorrer normalmente”, mantendo o mesmo calendário, revisto recentemente.
De acordo com a Metro Mondego, o troço suburbano, entre Serpins e a Portagem, deverá estar em funcionamento em junho de 2024, prevendo-se que o sistema urbano esteja pronto no final desse mesmo ano.
O SMM consiste na implementação de troços de via dedicada (com algumas exceções em Coimbra), onde vão circular autocarros elétricos que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã, encerrado em janeiro de 2010, e na área urbana de Coimbra, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.
Segundo João Marrana, o protótipo dos abrigos das estações poderá agora sofrer alguns “ajustamentos” nas próximas semanas, sendo depois instalados em todas as estações do troço suburbano.
“Queremos que tenha condições de conforto para abrigar passageiros, permitir disponibilizar títulos e validá-los antes de entrarem, que tenha bancos, condições de segurança [terá uma câmara e será iluminado] e informação sobre os próximos veículos que vão chegar”, realçou o presidente da Metro Mondego.
O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, regozijou-se com o facto de haver uma presença cada vez mais visível do avanço das empreitadas do SMM, o que “reforça a confiança no projeto”.
“Estamos muito próximos de poder tirar bilhete e ter acesso a um serviço moderno”, notou, reafirmando a confiança de que o sistema irá entrar em funcionamento “nos prazos estabelecidos”.