A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou hoje, por unanimidade, uma moção contra o funcionamento deficiente dos CTT e na qual se exige que seja assegurado o serviço público diário de distribuição de correio.
O documento conjunto de todos os grupos municipais eleitos naquele órgão (PCP, PS, CDS, PSD e coligação “Covilhã tem Força”) começa por destacar “o deficiente funcionamento dos CTT, nomeadamente as suas obrigações de serviço público” e frisa que tal se traduz num “prejuízo substancial para as populações, empresas e instituições” daquele território do distrito de Castelo Branco.
“Verificam-se habitualmente atrasos do correio que deixou de ser distribuído numa base diária. São dias e, às vezes, semanas para receber uma carta”, é referido.
A moção destaca igualmente que “os avisos são deixados na caixa do correio sem qualquer contacto” e que os vales de correio de pensões e reformas chegam atrasados, deixando os seus titulares sem acesso aos valores em causa, em devido tempo.
Além disso, também são sublinhados os problemas verificados ao nível das faturas de água ou luz que chegam tarde, criando problemas a quem precisa de regularizar esses pagamentos.
“A Assembleia Municipal da Covilhã exige à administração dos CTT que cumpra com os investimentos necessários, enquanto serviço público, que o serviço seja prestado com a qualidade que sempre caracterizou os CTT e que assegure a distribuição diária do correio”, lê-se.
É ainda exigido que a Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações) fiscalize se o serviço público postal é cumprido de acordo com o interesse das populações.
Este documento vai ser enviado à administração dos CTT, à Anacom, ao primeiro-ministro e aos grupos parlamentares da Assembleia da República e ao Presidente da República.
Nesta sessão, foi ainda aprovada uma moção de solidariedade em relação à Estrada Nacional 338 (Piornos/Manteigas). Apresentada pelo PS, esta moção pede que se encontrem soluções “com caráter de urgência” para os problemas de segurança que ali se têm verificado na sequência do grande fogo da serra da Estrela e que levam mesmo a que a via esteja encerrada.
Já a moção do CDS que recomendava à Câmara a implementação de descontos nos transportes públicos para alunos até aos 23 anos foi rejeitada, com o grupo municipal do PS a sublinhar que o executivo já anunciou a gratuitidade para todos os alunos até ao 12.º ano, a partir de janeiro.
Igualmente apresentada pelo CDS, foi ainda rejeitada uma moção de reprovação da atuação municipal e de louvor aos bombeiros durante o grande fogo da serra da Estrela, ocorrido em agosto.