O polo de saúde de Santa Eufémia, em Leiria, continua encerrado, a aguardar a contratação de serviços de segurança, estando os responsáveis a desenvolver esforços para abrir a unidade o “mais breve possível”.
Segundo o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, estão a ser desenvolvidos esforços para “abrir o mais breve possível”.
O diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS)do Pinhal Litoral, Marco Neves, confirmou que o posto de saúde na União de Freguesias de Santa Eufémia e Boa Vista, no concelho de Leiria, ainda não está a funcionar.
“Estamos a desenvolver esforços para o abrir o mais breve possível, contando que durante esta semana estejam reunidas as condições necessárias para o fazer”, afirmou à agência Lusa, ao referir que não há ainda uma data concreta.
O ACeS Pinhal Litoral está a trabalhar em articulação com a União de Freguesias de Santa Eufémia e Boa Vista, que revelou, na sexta-feira, assumir a contratação de um segurança para o local.
Devido a desacatos, esta unidade de saúde foi encerrada “temporariamente”, por “questões de segurança”, na quinta-feira.
“Houve uma articulação com a Junta de Freguesia. O nosso foco é dar segurança aos profissionais de saúde, para que possam prestar os cuidados necessários aos utentes”, salientou, na sexta-feira, Marco Neves.
Segundo o diretor executivo do ACeS Pinhal Litoral, é “importante que os utentes percebam a organização dos serviços” e que os profissionais estão no polo de saúde “para ajudar quem precisa”.
“Há situações que nem sempre são possíveis realizar ou apenas em determinado momento. É importante que haja consciência disso e que estamos disponíveis para colaborar”, sublinhou Marco Neves, ao confirmar não ter sido a primeira vez que os referidos utentes provocaram desacatos, com ameaças e injúrias, causando um sentimento de insegurança não só aos profissionais, mas também aos utentes presentes.
Na semana passada, uma patrulha da GNR foi chamada ao local, por desacatos provocados por uma família, cujos membros são utentes da extensão de saúde, que proferiram várias injúrias aos funcionários, confirmou à Lusa fonte da GNR, acrescentando que a presença dos militares afastou os autores dos alegados desacatos. A mesma fonte referiu que não se registaram agressões, “apenas injúrias”.
“Nesta sequência, e de modo a manter o serviço de saúde em Santa Eufémia, garantindo a segurança dos profissionais e dos utentes, o executivo da Junta de Freguesia decidiu contratar um serviço de segurança, que estará fisicamente no polo de saúde durante o seu funcionamento”, refere um email enviado aos fregueses pelo presidente da União de Freguesias de Santa Eufémia e Boa Vista, na sexta-feira, a que a Lusa teve acesso.
A autarquia acrescentou que o “pagamento deste serviço será assumido pela freguesia”.
A União de Freguesias lamentou ainda a situação e apelou “ao bom senso de toda a população para que algumas atitudes irrefletidas, como o presente caso, não se repitam, pois, para além de colocarem em causa o bom nome da comunidade, prejudicam toda a população da freguesia”.
“A Junta de Freguesia está solidária com os profissionais de saúde que prestam serviço na nossa comunidade e também estamos solidários com a população da freguesia que, de todo, não se revê nos lamentáveis atos de indisciplina, mas que se vê privada do acesso a um bem essencial, como é o acesso à saúde”, conclui a autarquia.