Seia volta a acolher residências artísticas de intérpretes e compositores

A Casa Municipal da Cultura de Seia acolhe, nos dias 11 e 18 de agosto, as apresentações que resultam de três residências artísticas de música neste concelho do distrito da Guarda, promovidas pelo Projeto DME.

“Estas residências têm como objetivo juntar intérpretes e compositores para a criação de uma nova obra e de um recital final”, refere, em comunicado enviado à agência Lusa, o Projeto DME (Dias de Música Eletroacústica), tutelado pela Associação de Fomento do Ensino Artístico.

Os exercícios criativos decorrem em Seia e o primeiro, “A Diáspora”, realiza-se entre 07 e 11 de agosto, que, reunindo o violoncelista Inérzio Macome e o compositor Luís Salgueiro, abordará problemáticas relacionadas com as migrações.

Entre 14 e 18 de agosto decorrem duas residências artísticas em simultâneo, inspiradas na obra de Fernando Pessoa.

“Música que Diz”, colaboração entre a flautista Clara Saleiro e a compositora Patrícia Almeida, vai explorar formas de teatro musical sonoro e tem como ponto de partida as obras “Opiário”, “Ode Triunfal” e “Tabacaria”.

Segundo a organização, este é o caminho “para a criação da nova obra da compositora que se materializa na multifunção do instrumentista como ator-executante”.

A terceira proposta, “Incorrespondência”, terá como protagonistas a soprano Andrea Conangla, a violoncelista Manuela Ferrão e a compositora Sofia Borges e vai focar-se no heterónimo feminino de Fernando Pessoa: Maria José.

À apresentação dos espetáculos, nos dias 11 e 18, na Casa Municipal da Cultura de Seia, seguem-se conversas entre os artistas e o público.

A entrada é gratuita e o programa pode ser consultado em www.projecto-dme.org.

Criado em 2003, o projeto DME “aposta fundamentalmente na criação e formação na área da música erudita contemporânea e eletroacústica, mas também em cruzamentos com outras abordagens estéticas e linguagens artísticas”.