O diretor de engenharia e operações de rede da Meo caracterizou hoje a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de “evento singular”, para o qual é feito um “investimento brutal” na cobertura da rede móvel no Parque Tejo.
José Pedro Nascimento falava aos jornalistas na sala de controlo de todas as operações da Meo/Altice Portugal no evento, que fica em Linda-a-Velha – no total são duas ‘war room’ dedicadas -, numa operação que envolve cerca de 300 pessoas, dos quais 200 em áreas técnicas.
A sala que fica em Linda-a-velha é a de controlo para todas as operações da empresa para a Jornada Mundial da Juventude, ficando a outra no Parque Eduardo VII, já que a “Altice Portugal foi escolhida para ser parceiro tecnológico deste evento”, prosseguiu.
Artur Costa, diretor de operações e serviços de cliente, explicou que a sala do Parque Eduardo VII “é um complemento” da de Linda-a-Velha.
Isto porque a Meo tem de dar suporte não só à Igreja, como a um conjunto de ‘sponsors’ ou polícia, que usa a sua tecnologia “para tudo que é vigilância, o ministério da Administração Interna”.
Portanto, acrescentou Artur Costa, “é um conjunto de necessidades, não só da própria Jornada da Juventude, como tudo o que circunda” esse mesmo evento, no qual a Meo também terá um papel importante em termos de cibersegurança.
Artur Costa lembra que este tipo de eventos “são muito aliciantes” para quem faz ciberataques.
“Esta sala aqui tem como grande objetivo acautelar qualquer dificuldade de mobilidade dentro da cidade e permitir ter todas as competências de suporte”, salientou.
A JMJ “é um evento singular em Portugal, até hoje não houve um evento com tanta gente em tão pouco tempo numa cidade”, salientou o diretor, apontando que a Meo tem “uma vasta experiência” neste tipo de eventos, como é o caso da Web Summit, grandes concertos e até em visitas anteriores do papa, afirmou, por sua vez, José Pedro Nascimento.
“Tivemos que reforçar muito a nossa rede móvel, nomeadamente nos recintos onde vai haver mais gente, no Parque Eduardo VII e, em especial, no Parque Tejo, e também todas as redes ‘wifi'”, acrescentou o diretor de engenharia e operações de rede.
Em termos de tráfego esperado, “fizemos simulações com base na presença cerca de 1,5 milhões de peregrinos no Parque Tejo e no Parque Eduardo VII 800 mil, com um perfil” parecido com o de Fátima, disse José Pedro Nascimento.
Por exemplo, no Parque Tejo “instalámos de rede móvel 25 estações base, o que é brutal”, salientou. Ou seja, permite atender mais que uma cidade de Coimbra.
Atualmente, a Meo não conseguir caracterizar “bem o perfil das pessoas em termos de tráfego”.
A empresa está coordenada com as redes de segurança, proteção civil e Anacom.
“Temos uma série de cartões de telefone que são considerados prioritários que são programados nos nossos sistemas” para terem prioridade sobre qualquer outra coisa, explicou José Pedro Nascimento.
Questionado sobre o desafio do evento relativamente a outros, o responsável salientou que a “Web Summit está concentrada num local, tem uma grande componente ‘wifi’ e também de reforço de rede móvel”.
No entanto, “este é completamente diferente, o número de participantes aqui é muito maior que na Web Summit e está distribuído em vários locais, temos o Parque Tejo, que é uma área enorme” e os restantes locais como o Parque Eduardo VII e Fátima, entre outros referiu.
“No Parque Tejo tivemos de fazer um investimento brutal em cobertura de rede móvel, 4G e 5G, e temos lá instalado uma capacidade brutal como nunca instalámos para nenhum evento”, prosseguiu, sem adiantar valores.
Também haverá uma operação especial em Fátima.
Artur Costa acrescentou que a MEO também é responsável do portal e da app do evento.
A Meo tem ainda um painel de ‘roamers’ que permite por polígonos geográficos definidas pelas autoridades de segurança ter a identificação da quantidade de estrangeiros que chegam ao país e donde eles vêm (através do ‘roaming’).