MAAVIM em comunicado: Ano Novo, problemas velhos

A MAAVIM, em defesa dos lesados dos Incêndios de Outubro de 2017, continua a reinvindicar ajudas aos seus lesados e à população afetada..

Embora muito se fale acerca do assunto dos incêndios e que o problema tem de ser resolvido, continuamos com os mesmos problemas e sem fim à vista, Ano Novo, problemas velhos.

Ainda esta semana, numa reunião em Lisboa, com todos os países europeus se debateu o tema dos Incêndios. Conforme disse o Comissário Europeu de Gestão de Crises, Janez Lenarčič, em Lisboa, por cada euro investido na prevenção, poupam-se 2 euros em prejuizos.

Hoje ainda existem Milhares de Agricultores que nunca tiveram qualquer ajuda, centenas de famílias que ficaram sem a sua primeira habitação e dezenas de empresas que nunca mais reabriram por falta de apoio.

Nos anos seguintes tivemos catástrofes em Monchique, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Castro Marim, na região de Leiria e agora na Serra da Estrela. Os problemas continuam os mesmos, acrescentando a desertificação.

Prometeram tudo, desde a União Europeia, ao Presidente da República, Governo Português, Diversas CCDR´S e CIM´S, ás autarquias, mas continuamos iguais.

Muitos já morreram à espera das promessas devidas. Para onde foi o dinheiro?

Fez-se mais, é certo, mas esse mais é o gastar milhões em estudos e agências, mas o que é preciso é gastar nas pessoas que estão no território, na Agricultura do território, na Floresta do território, nos Bombeiros do território.

É preciso acabar com a burocracia no combate aos incêndios, pois não podemos ter centenas de bombeiros à espera de ordens de Lisboa, enquanto tudo arde.

Não queremos que venha o Exmo. Sr. Presidente da República para o território de bolsos vazios.

As populações afetadas pelos incêndios deste ano de 2022 quer na região de Leiria, quer na Serra da Estrela não tiveram sequer acesso ao apoio simplificado, que foi medida instituída em 2017 após a tragédia de Pedrógão.

Não se combatem os Incêndios, sem combater a desertificação e a desertificação combate-se apoiando quem está no território, porque isso fica mais barato a todos os Portugueses.

Ainda não veio um cêntimo de apoio para os prejuízos dos Incêndios de Agosto de 2022.

CONTÍNUA O ABANDONO E QUEM TINHA, NÃO TEM E QUEM NÃO TINHA, TEM.  

Continuamos sem ter culpados. Nós não somos culpados, somos vítimas.

Esta semana também perdemos um grande homem, Carlos Santos, natural de Mêda de Mouros, sempre ajudou as populações através da Maavim e diretamente logo após os Incêndios de 2017, mas também o fez em outras ocasiões. A ele e á família os nossos sentimentos e Obrigado.