O Hotel Turismo da Guarda vai ser integrado na rede de Pousadas de Portugal para “reabilitação e subsequente exploração”, anunciou hoje o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, na Assembleia da República.
Segundo um comunicado do gabinete do ministro da Economia e do Mar, o governante anunciou hoje uma nova solução para o Hotel Turismo da cidade mais alta do país.
“O Hotel Turismo da Guarda, edifício emblemático da cidade da Guarda, construído de raiz como unidade hoteleira de referência na região e inaugurado em 1947, será integrado na rede de Pousadas de Portugal e entregue à Empresa Nacional de Turismo, SA., para reabilitação e subsequente exploração, anunciou hoje o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, na Assembleia da República, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação”, lê-se na nota enviada à agência Lusa.
A fonte lembra que o imóvel “foi destinado a venda e afetado ao programa ‘Revive’, desde 2011 e até à data presente, não gerando interessados”.
“Hoje, com a sua integração na rede de Pousadas de Portugal, e entregue para reabilitação e subsequente exploração à ENATUR, Empresa Nacional de Turismo, SA., o Hotel Turismo da Guarda vê, assim, mais de 12 anos depois do seu encerramento, a solução final para a sua reabertura ao público”, acrescenta a fonte.
O Hotel Turismo da Guarda encerrou a sua atividade comercial em outubro de 2010 e, em abril de 2011, foi adquirido pelo Turismo de Portugal à Câmara Municipal da Guarda.
Em outubro de 2022, um despacho do Governo determinou a desafetação do imóvel do antigo Hotel de Turismo da Guarda do programa ‘Revive’, por o mercado não ter respondido às ofertas públicas e porque “urge recorrer a soluções alternativas”.
Segundo o texto então publicado em Diário da República, a decisão era justificada pelo Governo porque “urge recorrer a soluções alternativas que permitam estancar a degradação contínua do imóvel e promover o respetivo aproveitamento económico, em benefício do Estado e da economia nacional”.
O Hotel Turismo da Guarda, propriedade do Instituto do Turismo de Portugal, “pelas suas características históricas e arquitetónicas”, integrou a lista de imóveis afetos ao Programa Revive.
No entanto, “não obstante os esforços desenvolvidos, o mercado não respondeu às sucessivas ofertas públicas do Hotel Turismo da Guarda para exploração privada, tendo-se verificado (…) hasta pública, que ficou deserta (2015); desistência da única empresa que permanecia no concurso público para arrendamento com opção de compra (2015); revogação do contrato celebrado com o concessionário, por insolvência, no âmbito do Programa REVIVE (2017); concurso público que ficou deserto, não obstante a prorrogação de prazo para apresentação de propostas (2021)”, referiu o Governo.
O edifício foi vendido em 2010, pela Câmara Municipal, então liderada pelo autarca socialista Joaquim Valente, ao Turismo de Portugal, por 3,5 milhões de euros, para ser recuperado e transformado em hotel de charme, com escola de hotelaria, mas o projeto não saiu do papel e o imóvel está de portas fechadas e a degradar-se.
O hotel, inaugurado na década de 1940, foi a primeira unidade hoteleira da cidade mais alta do país.